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domingo, 12 de maio de 2013

Perigos que rondam a família

PERIGOS QUE RONDAM A FAMÍLIA

 

“Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor.” (Cantares 2:15 RC)

 

“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.  E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.” (Mateus 7:24-27 RC)

 

1.    “Perigos que Rondam a Família” – esse é o nosso tema hoje.

2.    São muitos os perigos. São tantos que não temos condições de considerar todos eles.

3.    Mas quero refletir com os irmãos brevemente em alguns deles.

4.    A ordem em que vou alistá-los para estarmos considerando-os é aleatória, não tendo nada a ver com grau de importância...

5.    Quero iniciar com uma palavra do Pr. Eli Fernandes de Oliveira, da Igreja Batista da Liberdade.

6.    Escrevendo sobre “A Crise na Família” para o site Click Família, o Pr. Eli assim se expressa:

 

Fala-se muito, hoje em dia, sobre a crise da família. Sociólogos, psicólogos, religiosos e outros, afirmam que o lar fracassou em seus objetivos, os pais falharam em seu desempenho. Além do insucesso das instituições governamentais em seus programas sociais diversos e da igreja cristã, nesta área. Afirma-se que a industrialização afastou da sociedade moderna o conceito de família, não só extensa (parentes em geral), pelas exigências da mobilidade geográfica, como também a nuclear (pais e filhos), pela expressão que novos padrões exercem. Não são mais as estruturas familiares que modelam a sociedade, mas o inverso tem acontecido... O homem de hoje casa-se aceitando uma alta probabilidade de que seu matrimônio fracasse. A porcentagem de divórcios cresceu assustadoramente, alcançando seu mais alto nível na história. O resultado da instabilidade da família está no número cada vez maior de filhos vivendo com um só dos genitores, e na troca freqüente de parceiros, na busca de novas modalidades de estilo de vida, que não exijam "papel passado". Jacques Grand´Maison escreve em "A Família Moderna, Lugar de Resistência ou Agente de Mudança?": "Os laços conjugais e familiares perderam sua força pelo atestado dos divórcios e da ruptura das gerações. Os velhos são colocados em asilos, os adolescentes agrupados fora da família, a relação conjugal tornou-se incerta após a revolução feminina... As trepidâncias modernas quebraram as âncoras familiares de estabilização". Podemos tomar medidas que salvem o casamento e contrabalancem o impacto das pressões sócio-psicológicas, econômico-políticas, que desagregam a família? Cremos absolutamente que sim. Conquanto futurólogos apontem para a probabilidade da desagregação familiar, nenhum, que saibamos, prediz o desaparecimento puro e simples da família como tal. Através dos tempos, a família tem se defrontado com mudanças, mas não desapareceu. É na família que se realiza o crescimento integral do ser humano. Isto implica na satisfação das necessidades básicas: afetiva, sexual, intelectual, material, espiritual e relacional. Podemos ver família assim, cumprindo suas funções básicas: reprodutiva, de nutrição, educacional e social. Para a preservação da família, é necessário o resgate de sua fundamentação religiosa. Na concepção cristã, baseada na Bíblia, a família foi constituída por Deus e ela deve tê-lo como fator principal. Assim, ficam compreendidos os fundamentos cristãos da família: unidade, indissolubilidade e hierarquia nas relações de nupcialidade, paternidade, filiação e irmandade, conforme expõe Jorge Atiencia em "Uma Teologia para o Matrimônio e Família". No seio de uma família genuinamente cristã, as pessoas encontram-se e vivem, no nível mais profundo, as relações significativas, porque cada um de seus componentes teve um encontro com Deus e achou ânimo para promover, não somente o crescimento integral uns dos outros, mas a própria perpetualidade da família, instituição divina.

 

7.    Você pode dizer ‘amém’ para a parte final desse artigo de Eli Fernandes?

8.    Há problemas, mas também há solução! Há perigos, mas também há meio de se proteger desses perigos.

9.    Quais são alguns dos perigos que rondam a família hoje?

10. Vejamos:

 

I. O perigo da violência doméstica

 

1.    Quanta violência!

2.    Quanta violência dentro do seio familiar!

3.    Você consegue se lembrar de algum caso?

4.    Dois que inundaram a Mídia foram:

a.    Caso Nardoni

b.    Suzane Von Richtofen

5.    Estes são casos famosos, que foram noticiados, talvez pelo tamanho da violência...

6.    Quantos outros casos há que não são noticiados!

a.    Quantas crianças estão sofrendo violência, abusos, por parte daqueles que deveriam protegê-las.

b.    Quantas esposas têm sofrido violência por parte do marido...

c.    Não faz muito tempo vi noticiado na Mídia local de onde vivia antes que um homem foi à delegacia dar queixa de sua mulher porque estava apanhando dela.

7.    A violência doméstica tem alcançado proporções inimagináveis e tem encontrado espaço até mesmo dentro de lares cristãos.

8.    Isso é característica dos tempos finais. Veja o que Paulo disse a Timóteo:

 

“Lembre disto: nos últimos dias haverá tempos difíceis. Pois muitos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, vaidosos, xingadores, ingratos, desobedientes aos seus pais e não terão respeito pela religião. Não terão amor pelos outros e serão duros, caluniadores, incapazes de se controlarem, violentos e inimigos do bem.” (2 Timóteo 3:1-3 NTLH)

 

9.    Vamos a outro perigo:

 

II. Perigos de ordem sexual

 

1.    A facilidade de acesso à pornografia nos últimos tempos (tempos da internet)

a.    No passado era mais difícil porque era muito “flagrante”.

b.    Hoje é mais fácil...

2.    O exaustivamente propagandeado “sexo livre” desde que “seguro”.

 

"O chamado 'sexo seguro', propagandeado pela civilização técnica, na realidade é, sob o perfil das exigências globais da pessoa, 'radicalmente não seguro', e mais, gravemente perigoso. A pessoa alí, de fato, encontra-se em perigo, tal como em perigo fica, por sua vez, a família. Qual é o perigo? É a perda da verdade acerca de si própria, a que se junta o risco da perda da liberdade e, conseqüentemente, perda do amor próprio... 'Um amor não belo, ou seja, reduzido à mera satisfação da concupiscência' (cf.1Jo 2,6), ou a um uso recíproco do homem e da mulher, torna as pessoas escravas das suas fraquezas." (JP II)

 

3.    O Mito da grama mais verde. (Esse mito tem dissolvido muitas famílias)

 

III. O perigo das drogas

 

1.    A esse respeito escreveu Gilson Bifano:

 

DROGAS - NÃO HÁ FAMÍLIAS IMUNES – Há alguns anos esteve no Brasil o Dr. Thomas Gleaton, um dos mais atuantes líderes de combate às drogas entre os jovens americanos, o Pride, sigla em inglês para Instituto Nacional de Pais para a Educação sobre as Drogas. Gleaton afirmou, em uma das suas palestras, que o maior perigo é acreditar que a ameaça é remota. O que Thomas Gleaton tentou transmitir foi a mensagem de que nenhuma família é imune a este problema mundial. Os pais devem estar atentos para a possibilidade de que, por diversas razões, seus filhos possam, um dia, experimentar drogas e até se tornarem dependentes. Willian e Nancy Perkins, líderes da Marcha pela América e autores do livros "Criando seus filhos saudáveis num mundo cheio de drogas" afirmaram: "Vimos, por toda a América, pais de todas as procedências com filhos envolvidos com álcool e outras drogas. Prefeitos, pastores, empresários, diretores de escolas, motoristas, professores – todos com filhos consumindo drogas". Negando a ameaça das drogas, a família deixa de estar preparada para enfrentar o problema. A negação da possibilidade não faz com que a ameaça deixe de existir. A negação da possibilidade faz com que os pais deixem de entrar em ação. A Pedagogia do Medo, que muitas vezes se apresenta através de frases do tipo "se um dia eu o encontrar usando drogas, vou acabar com você de tanta pancada" ou "se eu o apanhar com drogas você nunca mais vai morar nesta casa!", não faz com que os filhos evitem as drogas. Além da demonstração de afeto, amor, aceitação, fortalecimento da auto-estima, o melhor caminho é o do diálogo desde a mais tenra idade. Para isto, os pais devem estar informados sobre os efeitos das drogas, entenderem seu impacto e as mudanças de comportamento que elas acarretam. Os pais devem, de vez em quando e de maneira informal, conversar com os filhos, explicando-lhes como o uso de drogas pode transformar suas vidas e os problemas que eles terão pela frente. Como pais, não podemos impedí-los de usar drogas, mas podemos educá-los e alertá-los quanto aos perigos e conseqüências desagradáveis. Ao ouvirem juntos uma notícia sobre drogas, inicie uma conserva sobre o tema. Perguntem o que eles têm aprendido, o que eles pensam sobre drogas, se conhecem casos de uso de drogas em seus colégios. Somente através de informações sólidas, lógicas e razoáveis os pais podem dar condições aos filhos de dizerem "não" às drogas.

 

 

IV. O perigo da falta de atenção / tempo / cuidado de uns para com os outros

 

1.    Veja a seguinte história:

 

Havia uma jovem muito rica que não conseguia conciliar tudo na sua vida, o trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo e a sua vida sempre estava deficitária em alguma área.  Se o trabalho lhe consumia muito tempo, ela tirava dos filhos, se surgiam problemas, ela deixava de lado o marido... E assim, as pessoas que ela amava eram sempre deixadas para depois... Até que um dia, seu pai, um homem muito sábio, lhe deu um presente: UMA FLOR caríssima e raríssima, da qual só havia um exemplar em todo o mundo. E disse à ela: "Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que você imagina! Você terá apenas que regá-la e podá-la de vez em quando, e às vezes conversar um pouquinho com ela, e ela te dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas flores." A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza rara. Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a sua vida, que continuava confusa, não lhe permitia cuidar da flor. Ela chegava em casa, olhava a flor e as flores ainda estavam lá, não mostravam sinal de fraqueza ou morte, apenas estavam lá, lindas, perfumadas. Então ela passava direto. Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu. Ela chegou em casa e levou um susto! Estava completamente morta, sua raízes estavam ressecadas, suas flores caídas e suas folhas amarelas. A jovem chorou muito, e contou a seu pai o que havia acontecido. Seu pai então respondeu: "Eu já imaginava que isso aconteceria, e eu não posso te dar outra flor, porque não existe outra igual a essa, ela era única, assim como seus filhos, seu marido, sua família e seus amigos! Todos são bênçãos que o Senhor te deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar atenção a eles, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre florida, sempre perfumada, e se esqueceu de cuidar dela." Cuide das pessoas que você ama! E você? Tem cuidado das bênçãos que Deus tem te dado? Lembre-se sempre da flor, pois como ela são as Bênçãos do Senhor, Ele nos dá, mas nós é que temos que cuidar.

 

V. O Perigo do Mau Exemplo dos Pais

 

1.    História negativa: Brincando de pai e mãe

2.    História positiva:

 

Conta-se que certo pastor foi visitar que estava chegando para sua comunidade. A mãe e as crianças estavam em casa, mas o pai tinha saído. O pastor disse que visitaria mais tarde, mas as crianças disseram: "Espere uns poucos minutos. Papai logo estará em casa". Então as crianças começaram a falar animadamente sobre seu pai e as coisas que ele fazia. Logo o pai chegou. O pastor se surpreendeu. Da conversa das crianças ele esperava encontrar um homem grande, vistoso, bem vestido, quem sabe com um belo terno, gravata e uma pasta de executivo nas mãos. Em vez disso, ele viu um homem médio, de aparência comum, uma pessoa a quem você não olharia duas vezes se encontrasse na rua. Mas uma coisa o pastor percebeu, aquele homem de aparência frágil tinha o respeito de sua família

 

 

VI. O perigo da falta de compreensão, por parte do casal, da diferença entre os gêneros.

 

1.    Um casal é constituído por um homem e uma mulher, e entre o homem e a mulher há diferenças marcantes que precisam ser compreendidas.

2.    Quando se ignora essas diferenças, principalmente algumas, o relacionamento pode ser grandemente prejudicado, mas quando as mesmas não são ignoradas, mas reconhecidas e respeitadas, então muitas dificuldades serão vencidas mais facilmente e isso trará saúde ao relacionamento conjugal.

3.    Pierre Weil, ao escrever sobre as relações humanas na família e no trabalho, fez uma lista com traços característicos do sexo masculino e do sexo feminino. Abaixo alisto alguns desses traços.

 

HOMEM

MULHER

Razão e raciocínio

Intuição e sentimento

Inteligência abstrata

Inteligência concreta

Percepção do conjunto

Percepção dos detalhes

Atividade profissional

Atividade doméstica

Predomínio da força

Predomínio da beleza

Conquistar

Atrair

Proteger

Ser protegida

Quer satisfação sexual rápida

Quer afeto e carinho preliminarmente

 

4.    Homem e mulher são diferentes. Ignorar essas diferenças pode prejudicar grandemente o relacionamento e, conseqüentemente, a família

 

Concluindo

 

1.    Esses e muitos outros perigos são quais “raposinhas que querem fazer mal à nossa vinha”. Temos que tomar cuidado com eles.

2.    Como podemos nos precaver? A principal maneira é construindo nossa “casa” (nossa família) sobre o terreno firme, a “rocha”, que é a Palavra do Senhor.

3.    Uma pequena história diz que

 

Dois passarinhos começaram a construir seu ninho numa árvore muito baixa. A mulher, vizinha, ficou preocupada. Tentou enxotar os passarinhos, avisando-os que seu ninho estava muito baixo. Mas os passarinhos iam e regressavam. Outro dia, quando varria o quintal, a mulher percebeu que os dois passarinhos estavam voando aflitos de um lado para o outro. Ela correu para verificar o ninho e viu que ele estava vazio; os ovinhos haviam desaparecido.

 

4.    Assim também é com o nosso lar. Ele não deve ser construído no “baixo”. Ele deve ser construído no “alto”, sobre a “rocha” firme que é a palavra do Senhor.

5.    Os perigos continuarão a rondá-lo, mas serão muito menos eficazes, quando não sem eficácia alguma.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

terça-feira, 7 de maio de 2013

Mãe: A Verdadeira Grande Heroína


MÃE: A VERDADEIRA GRANDE HEROÍNA

 

            Diz-se que um dos mais famosos sermões de Peter Marshall, na década de 40, foi dedicado às mães, tendo como título "Guardas das Fontes". Ele começa contando que em certa cidade, situada no sopé de uma cadeia de montanhas, um estranho habitante das florestas tomou para si a responsabilidade de ser o guarda das fontes. Assim, percorria os montes, e toda vez que encontrava uma fonte tratava de limpá-la das folhas caídas, do lodo e do barro. E tão dedicado e caprichoso era em seu trabalho que a água, ao descer borbulhante através da areia fina, corria para baixo, fresca, pura e limpa. Certo dia, porém, a Câmara Municipal, julgando aquele trabalho inútil e o salário pago ao guarda um desperdício, decidiu construir um reservatório de concreto e dispensar o guarda das fontes. Terminado, o reservatório logo se encheu de água, mas esta já não parecia a mesma. Estava poluída e, de imediato, uma epidemia ameaçava a vida da população. A Câmara reuniu-se novamente. E todos os vereadores reconheceram o erro de terem demitido o guarda das fontes, que foi imediatamente convidado a voltar a realizar seu trabalho de vital importância para a cidade. Aplicando a sugestiva figura às mães, afirma o famoso pregador que "nunca houve uma época em se sentisse maior necessidade de Guardas das Fontes, ou que houvesse mais fontes poluídas, necessitadas de purificação", referindo-se à sua época.

           

Guardas das fontes! É exatamente isso que as mães, aquelas que o são de verdade, são! Guardas das fontes! Cada ser humano que nasce é uma pequena fonte que, no decorrer da vida, vai jorrar na sociedade coisas boas ou ruins, “água” pura e cristalina ou “água” poluída. As mães verdadeiras são aquelas que trabalham nessas pequenas fontes no intuito de fazer com que delas só jorrem boas coisas. É uma luta, um trabalho descomunal, por causa do trabalho em si e por causa dos adversários que ela tem que enfrentar e que se multiplicam a cada dia. Dentre os adversários estão:

 

·         a natureza humana decaída da própria criança, como ser humano que é, que pende para o mal;

·         os indivíduos maléficos, instrumentos do “capeta”, que labutam na intenção de desviar as nossas crianças para o caminho do mal,

·         a desigualdade social;

·         e, para citar só mais um exemplo, a atitude passiva de outros que poderiam ajudar, incluindo muitos pais, mas que acham que tal responsabilidade é apenas da mãe (ou às vezes nem acham, mas se acovardam e não ajudam).

 

Querida mãe, neste dia, que é o seu dia, quero lhe parabenizar e lhe dizer com sinceridade que você é a maior heroína da sociedade brasileira. Talvez você, a exemplo de muitas outras, porque os adversários são descomunais, nem tenha conseguido fazer com que da “fonte” da qual você cuidou “água limpa” viesse a jorrar, mas se você tentou, se você lutou contra os adversários, então você é uma grande heroína. E quem sabe se você ainda não verá o seu trabalho frutificando?

      

Quando trabalhei por um tempo com menores vítimas dos adversários do trabalho das mães, uma das coisas que pude perceber é que no âmago do ser daqueles pequenos, o trabalho de suas mães estava impresso, e impresso de uma maneira tal que nada pode apagar. Alguma coisa, alguma sujeira, alguma obra maléfica estava cobrindo esse trabalho, mas ele ainda estava lá, impresso, indelevelmente marcado em suas almas. Algum dia esse trabalho pode se sobrepor a toda essa sujeira e o fruto aparecer da forma como foi desejado, a “água” jorrar pura e cristalina. Muitos exemplos já poderiam ser citados, mas me abstenho de citá-los aqui. E a grande heroína, a grande operária, a grande agente dessa frutificação, desse jorrar de “água” pura e cristalina, humanamente falando, ainda que não reconhecida, é você, mãe.

      

Parabéns pelo seu dia! Parabéns pela sua vida de dedicação e trabalho! Parabéns por você não desistir nunca da fonte que lhe foi confiada! Nós sabemos que mesmo quando você diz que desistiu, você não desistiu de fato. Então, mais uma vez, e agora com letras maiúsculas: PARABÉNS!

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

domingo, 5 de maio de 2013

OUTRORA MORTOS – AGORA VIVOS


OUTRORA MORTOS – AGORA VIVOS

 

“E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.” (Colossenses 2:13-14 DO)

 

1.    Em Lucas 15.11-32 encontramos Jesus contando uma parábola.

a.    Uma parábola é uma narração alegórica, isto, a narração de uma coisa com o objetivo de sugerir outra. No caso bíblico, a narração de um fato ou ficção não espiritual com o objetivo de indicar um fato ou uma verdade espiritual.

b.    A parábola contada por Jesus em Lucas 15.11-32 ficou mais conhecida como sendo “A Parábola do Filho Pródigo”.

c.    Creio que todos nós conhecemos esta parábola.

d.    Talvez ela seja uma das parábolas mais conhecidas que Jesus contou, mesmo por aqueles que têm pouca intimidade com a Palavra de Deus.

e.    É a história de um moço que, não querendo mais viver com seus pais, requereu a parte que lhe cabia das posses da família e foi para uma terra distante.

f.     Durante um tempo ele até “se deu bem”, mas, finalmente, o dinheiro acabou e ele começou a viver experiências terríveis, até que, arrependido, voltou para a casa do pai.

g.    Ele não queria nem ser recebido como filho; apenas como um empregado da família;

h.    Mas o pai lhe recebe de braços abertos e dá uma grande festa.

i.      Vindo o outro filho e vendo toda a disposição do pai em receber aquele ingrato, ficou indignado, ao que o pai lhe diz, dentre outras coisas: “Este teu irmão estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi achado”.

2.    Um fato espiritual indicado por esta parábola é que o homem sem Cristo, o homem que continua separado de Deus por ainda não ter se rendido aos pés de Cristo, é um homem morto em seus delitos e pecados! Entretanto, uma vez que esse homem cai em si, se arrepende, reconhece firmemente o quão melhor é estar “na casa do Pai”, e volta, esse homem é recebido, perdoado e vivificado. Dele se pode dizer o mesmo que foi dito do filho pródigo: “Estava morto, mas reviveu; tinha-se perdido, mas foi achado”.

3.    É sobre isso que trata esses versículos de Colossenses que estaremos pensando um pouquinho: Outrora, sem Cristo, “mortos” – mas agora, com Cristo, “vivos”!

4.    Então vamos lá; pensemos primeiramente no fato de que:

 

Estávamos Mortos

           

1.    O que significa isso?

2.    Quando falamos sobre morte no sentido comum, sabemos do que se trata.

3.    Porém, quando analisamos um pouco mais a fundo o assunto, descobrimos que a morte é mais do que o tombamento de um corpo.

4.    Pela Palavra de Deus entendemos que a morte é separação, e, nesse sentido, em termos negativos, temos pelo menos três tipos:

a.    Primeiro temos a morte espiritual – É a separação entre nós e Deus. Podemos estar vivos fisicamente, mas mortos espiritualmente se afastados da comunhão com Deus.

                                  i.    É por isso que na Parábola do filho pródigo é dito daquele moço que ele estava morto. Ora, ele não estava morto no sentido popular do termo; não era um “fantasma” que estava diante daquele pai; era seu filho, em carne e osso, ou talvez eu devesse dizer “em pele e osso”.

                                ii.    É por isso que Paulo, quando escreve aos cristãos colossenses, se refere a um tempo em que eles estavam mortos (nosso texto base) – Ora, eles não estavam “mortos” no sentido popular do termo. Caso contrário Paulo estaria escrevendo uma carta um tanto quanto “fantasmagórica”.

                               iii.    Em ambos os casos a morte é “morte espiritual” – separação de Deus; sem a “vida de Deus” circulando em suas “veias espirituais”.

b.    Em segundo temos a morte física, que também tem o sentido de separação – É a separação entre a nossa parte material e a espiritual (coloco dessa forma pra não entrar em questões de dicotomia e tricotomia).

                                  i.    É por isso que lemos em Eclesiastes12.7 que depois que o corpo (o pó) volta à terra, o espírito volta a Deus, que o deu;

                                ii.    É por isso que Hebreus 9.27 diz que à morte se sucede o juízo;

                               iii.    É por isso que em Lucas 16.19-31 Jesus conta uma parábola em que se refere a dois homens os quais, depois de encerrada a existência de ambos na face desta terra, aparecem vivos em outro lugar, um no “seio de Abraão” e outro num “lugar de tormento”.

c.    E em terceiro vem a morte eterna – É a separação eterna entre nós e Deus. A morte espiritual, caso não haja a vivificação por intermédio de Cristo, culmina com a morte eterna.

                                  i.    É por isso que João, o batizador, em Mateus 3.12, diz acerca de Jesus que ele “em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará”.

                                ii.    É por isso que em Apocalipse lemos acerca de certo “lago de fogo e enxofre”, um lugar de tormento onde serão lançados o diabo, a besta, o falso profeta e todos quantos não forem achados inscritos no livro da vida, mas também lemos acerca de um “novo céu e nova terra” onde habitarão eternamente todos os que, pela fé, foram lavados e purificados de seus pecados pelo sangue de Jesus; um lugar onde

1)    Um lugar onde nunca mais terão fome,

2)    Um lugar onde nunca mais terão sede;

3)    Um lugar onde nem sol nem ardor algum cairá sobre eles, porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida;

4)    Um lugar onde Deus limpará de seus olhos toda lágrima.

5.    Morte espiritual, morte física, morte eterna – separados de Deus (reversível), separados do corpo (temporário – receberemos novo corpo na ressurreição), separados de Deus eternamente (irreversível).

6.    Aquele que está separado da fonte da verdadeira vida pode estar vivo, “mas está morto”.

7.    Então, quando lemos que estávamos mortos, significa que estávamos separados de Deus.

a.    Estávamos separados de Deus nos nossos pecados

                                  i.    O pecado separa o homem de Deus

                                ii.    O profeta Isaías já dizia: “EIS que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus: e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” (Isaías 59:1-2 DO)

                               iii.    Alguém se expressou muito bem quando disse: “Nenhum homem é chamado de homem vivo, senão aquele que está no caminho da verdade, neste mundo. E o ímpio, que não caminha pelo caminho da verdade, é chamado de homem morto” (O N. T. Int. Vers. Por Vers.)

                               iv.    Assim então estávamos nós: mortos! Isto é, separados de Deus , vivendo em nossos pecados.

b.    Estávamos separados de Deus na incircuncisão da nossa carne

                                  i.    Éramos pessoas caracterizadas pelo domínio da natureza carnal não regenerada.

                                ii.    Não havia em nossa alma qualquer operação divina.

                               iii.    Estávamos mortos espiritualmente e caminhando a passos largos em direção à morte eterna.

8.    Mas/porém/entretanto, glórias sejam dadas a Deus,

 

Fomos Vivificados

 

1.    Quando estávamos nesta situação, DEUS nos vivificou juntamente com Cristo.

2.    O mesmo Deus que ressuscitou a Cristo também nos ressuscitou espiritualmente, sendo a causa dessa ressurreição o sacrifício vicário de Cristo na cruz.

3.    Ser vivificado significa sair da condição de separado de Deus para a condição de reconciliado com Ele. Outros textos dizem:

 

“... Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados...” (2 Coríntios 5:19 DO)

“... pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo...” (Efésios 2:16 DO)

“E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus.” (Colossenses 1:20 DO)

           

4.    Nossas ofensas, todas elas, foram perdoadas!

5.    A cédula que era contra nós foi riscada

a.    Nossa dívida moral para com Deus, que era grande, foi cancelada.

b.    Ela foi cravada na cruz.

c.    Na cruz Jesus levou sobre si as nossas culpas.

d.    Na cruz Jesus realizou a grande transação para o nosso perdão.

e.    É por isso que o apóstolo Paulo disse: “... os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.  Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus” (1 Coríntios 1:22-24 DO)

6.    Deus, em Cristo, fez isso por nós. O que temos feito por Ele?

a.    Deus, em Cristo, fez isso por nós, por isso “... deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé...” (Hebreus 12:1-2 RC)

b.    Deus, em Cristo, fez isso por nós, por isso ouçamos e atendamos a Sua Palavra que nos diz: “... apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:1-2 RC)

c.    Deus, em Cristo, fez isso por nós, por isso busquemos as coisas que são de cima;

d.    Deus, em Cristo, fez isso por nós, por isso pensemos nas coisas que são de cima;

e.    Deus, em Cristo, fez isso por nós, por isso façamos morrer a nossa natureza carnal;

f.     Deus, em Cristo, fez isso por nós, por isso dispamo-nos da indumentária do pecado e vistamo-nos da indumentária celestial que se caracteriza por misericórdia, benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, amor...

g.    Deus, em Cristo, fez isso por você, portanto viva de forma que Ele seja glorificado em você;

h.    Alguém disse que “a igreja hoje abriga gente que saiu do mundo, mas não abandonou as práticas do mundo” – Que não seja assim com você! Seja vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra, porque Deus, em Cristo, fez isso por você, vivificou você.

 

Conclusão

 

1.    Quando estávamos mortos nos nossos pecados e na incircuncisão da nossa carne, Deus nos vivificou juntamente com Cristo, perdoando-nos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.

2.    Outrora morto, mas agora vivo;

3.    Outrora separado, mas agora unido a Deus;

4.    Outrora perdido, mas agora salvo;

5.    Outrora caminhando para o inferno, mas agora caminhando para o paraíso celestial

6.    Esta já é a sua experiência ou você ainda continua morto, separado de Deus, perdido?

7.    Arrependa-se de seus pecados, receba a Cristo pela fé e faça desta, hoje ainda, a sua experiência.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

quinta-feira, 2 de maio de 2013

FESTAS JUNINAS

VEM AÍ: “FESTAS JUNINAS”

VOCÊ VAI PARTICIPAR? E OS SEUS FILHOS?

 

            Muqui, 23 de Abril de 2013.

 

Meus queridos irmãos, estamos já no final do mês de Abril, e isto significa que daqui a mais alguns dias vão começar os preparativos para as famosas festas realizadas em todo o território brasileiro, as chamadas “festas Juninas”.

           

            As “festas juninas” fazem parte das manifestações populares mais praticadas no Brasil, e são tidas como folclore. Entretanto, mais que folclore, estas são festas religiosas em homenagem a quatro santos católicos, a saber: Santo Antônio (13 de Junho), São João (24 de Junho) e São Pedro e São Paulo (29 de Junho).

 

            Eu sei que há muitos membros de igrejas evangélicas que gostam de participar de tais festividades, mesmo protestando contra a prática não bíblica da veneração a santos e também protestando contra a prática não bíblica de tê-los como mediadores entre o homem e Deus (A Bíblia diz que só há um Mediador: Jesus Cristo – I Timóteo 2.5). E sei que há muitos que “acham lindo” ver seu filho(a) pequeno(a) participando e vestido(a) com roupas características da festa. Exibem as fotos com maior orgulho e até postam no facebook se têm acesso a esse recurso.

 

Mas, será isso correto?

 

Minha resposta, se me pedirem, será NÃO! E digo que é no mínimo uma incoerência. Ora, se protestamos contra o que é comemorado na festa como podemos participar e como podemos deixar nossos filhos participarem?

 

Como bem se expressou alguém: “O costume dessas festas é religioso e movido pela tradição católico-romana. Por mais que elas tragam brincadeiras que agradem principalmente as crianças, o perigo é que as tradições e costumes possam entrar na vida dos pequeninos e eles entenderem como normal aquilo que a palavra de Deus reprova”.

 

A mesma pessoa, falando sobre os motivos para não se participar de tais festividades, disse, dentre outras coisas: “A tendência de relativizar o pecado, julgando que não tem importância, que devemos nos contextualizar, traz o perigo da apostasia, a qual não se apresenta com uma forma definida. Ela vai se instalando aos poucos, quando o crente vai perdendo o compromisso do seu testemunho cristão no mundo”.

 

Alguns, por força de trabalho, podem ser obrigados a estar presentes em alguma ocasião de tais festividades, mas não precisam se caracterizar e nem “participar de fato”, e ainda podem se esforçar por nem estar presente.

 

Nossos filhos NÃO PRECISAM PARTICIPAR – a escola não pode fazer da participação em qualquer festa religiosa um “quesito para nota”.

 

Josué lá no passado, disse ao povo de Israel: “Escolhei hoje a quem servir... porém eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Parafraseando-o, no que respeita a essas festividades, encerro dizendo: “Decidam o que vocês querem fazer; porém eu e minha casa não vamos participar por discordarmos do tipo de homenagem que é prestada através destas festas”. (Já vou até deixar avisado na escola do Rafael).

 

No Senhor,

Pr. Walmir Vigo Gonçalves