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domingo, 5 de maio de 2013

OUTRORA MORTOS – AGORA VIVOS


OUTRORA MORTOS – AGORA VIVOS

 

“E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.” (Colossenses 2:13-14 DO)

 

1.    Em Lucas 15.11-32 encontramos Jesus contando uma parábola.

a.    Uma parábola é uma narração alegórica, isto, a narração de uma coisa com o objetivo de sugerir outra. No caso bíblico, a narração de um fato ou ficção não espiritual com o objetivo de indicar um fato ou uma verdade espiritual.

b.    A parábola contada por Jesus em Lucas 15.11-32 ficou mais conhecida como sendo “A Parábola do Filho Pródigo”.

c.    Creio que todos nós conhecemos esta parábola.

d.    Talvez ela seja uma das parábolas mais conhecidas que Jesus contou, mesmo por aqueles que têm pouca intimidade com a Palavra de Deus.

e.    É a história de um moço que, não querendo mais viver com seus pais, requereu a parte que lhe cabia das posses da família e foi para uma terra distante.

f.     Durante um tempo ele até “se deu bem”, mas, finalmente, o dinheiro acabou e ele começou a viver experiências terríveis, até que, arrependido, voltou para a casa do pai.

g.    Ele não queria nem ser recebido como filho; apenas como um empregado da família;

h.    Mas o pai lhe recebe de braços abertos e dá uma grande festa.

i.      Vindo o outro filho e vendo toda a disposição do pai em receber aquele ingrato, ficou indignado, ao que o pai lhe diz, dentre outras coisas: “Este teu irmão estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi achado”.

2.    Um fato espiritual indicado por esta parábola é que o homem sem Cristo, o homem que continua separado de Deus por ainda não ter se rendido aos pés de Cristo, é um homem morto em seus delitos e pecados! Entretanto, uma vez que esse homem cai em si, se arrepende, reconhece firmemente o quão melhor é estar “na casa do Pai”, e volta, esse homem é recebido, perdoado e vivificado. Dele se pode dizer o mesmo que foi dito do filho pródigo: “Estava morto, mas reviveu; tinha-se perdido, mas foi achado”.

3.    É sobre isso que trata esses versículos de Colossenses que estaremos pensando um pouquinho: Outrora, sem Cristo, “mortos” – mas agora, com Cristo, “vivos”!

4.    Então vamos lá; pensemos primeiramente no fato de que:

 

Estávamos Mortos

           

1.    O que significa isso?

2.    Quando falamos sobre morte no sentido comum, sabemos do que se trata.

3.    Porém, quando analisamos um pouco mais a fundo o assunto, descobrimos que a morte é mais do que o tombamento de um corpo.

4.    Pela Palavra de Deus entendemos que a morte é separação, e, nesse sentido, em termos negativos, temos pelo menos três tipos:

a.    Primeiro temos a morte espiritual – É a separação entre nós e Deus. Podemos estar vivos fisicamente, mas mortos espiritualmente se afastados da comunhão com Deus.

                                  i.    É por isso que na Parábola do filho pródigo é dito daquele moço que ele estava morto. Ora, ele não estava morto no sentido popular do termo; não era um “fantasma” que estava diante daquele pai; era seu filho, em carne e osso, ou talvez eu devesse dizer “em pele e osso”.

                                ii.    É por isso que Paulo, quando escreve aos cristãos colossenses, se refere a um tempo em que eles estavam mortos (nosso texto base) – Ora, eles não estavam “mortos” no sentido popular do termo. Caso contrário Paulo estaria escrevendo uma carta um tanto quanto “fantasmagórica”.

                               iii.    Em ambos os casos a morte é “morte espiritual” – separação de Deus; sem a “vida de Deus” circulando em suas “veias espirituais”.

b.    Em segundo temos a morte física, que também tem o sentido de separação – É a separação entre a nossa parte material e a espiritual (coloco dessa forma pra não entrar em questões de dicotomia e tricotomia).

                                  i.    É por isso que lemos em Eclesiastes12.7 que depois que o corpo (o pó) volta à terra, o espírito volta a Deus, que o deu;

                                ii.    É por isso que Hebreus 9.27 diz que à morte se sucede o juízo;

                               iii.    É por isso que em Lucas 16.19-31 Jesus conta uma parábola em que se refere a dois homens os quais, depois de encerrada a existência de ambos na face desta terra, aparecem vivos em outro lugar, um no “seio de Abraão” e outro num “lugar de tormento”.

c.    E em terceiro vem a morte eterna – É a separação eterna entre nós e Deus. A morte espiritual, caso não haja a vivificação por intermédio de Cristo, culmina com a morte eterna.

                                  i.    É por isso que João, o batizador, em Mateus 3.12, diz acerca de Jesus que ele “em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará”.

                                ii.    É por isso que em Apocalipse lemos acerca de certo “lago de fogo e enxofre”, um lugar de tormento onde serão lançados o diabo, a besta, o falso profeta e todos quantos não forem achados inscritos no livro da vida, mas também lemos acerca de um “novo céu e nova terra” onde habitarão eternamente todos os que, pela fé, foram lavados e purificados de seus pecados pelo sangue de Jesus; um lugar onde

1)    Um lugar onde nunca mais terão fome,

2)    Um lugar onde nunca mais terão sede;

3)    Um lugar onde nem sol nem ardor algum cairá sobre eles, porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida;

4)    Um lugar onde Deus limpará de seus olhos toda lágrima.

5.    Morte espiritual, morte física, morte eterna – separados de Deus (reversível), separados do corpo (temporário – receberemos novo corpo na ressurreição), separados de Deus eternamente (irreversível).

6.    Aquele que está separado da fonte da verdadeira vida pode estar vivo, “mas está morto”.

7.    Então, quando lemos que estávamos mortos, significa que estávamos separados de Deus.

a.    Estávamos separados de Deus nos nossos pecados

                                  i.    O pecado separa o homem de Deus

                                ii.    O profeta Isaías já dizia: “EIS que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus: e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” (Isaías 59:1-2 DO)

                               iii.    Alguém se expressou muito bem quando disse: “Nenhum homem é chamado de homem vivo, senão aquele que está no caminho da verdade, neste mundo. E o ímpio, que não caminha pelo caminho da verdade, é chamado de homem morto” (O N. T. Int. Vers. Por Vers.)

                               iv.    Assim então estávamos nós: mortos! Isto é, separados de Deus , vivendo em nossos pecados.

b.    Estávamos separados de Deus na incircuncisão da nossa carne

                                  i.    Éramos pessoas caracterizadas pelo domínio da natureza carnal não regenerada.

                                ii.    Não havia em nossa alma qualquer operação divina.

                               iii.    Estávamos mortos espiritualmente e caminhando a passos largos em direção à morte eterna.

8.    Mas/porém/entretanto, glórias sejam dadas a Deus,

 

Fomos Vivificados

 

1.    Quando estávamos nesta situação, DEUS nos vivificou juntamente com Cristo.

2.    O mesmo Deus que ressuscitou a Cristo também nos ressuscitou espiritualmente, sendo a causa dessa ressurreição o sacrifício vicário de Cristo na cruz.

3.    Ser vivificado significa sair da condição de separado de Deus para a condição de reconciliado com Ele. Outros textos dizem:

 

“... Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados...” (2 Coríntios 5:19 DO)

“... pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo...” (Efésios 2:16 DO)

“E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus.” (Colossenses 1:20 DO)

           

4.    Nossas ofensas, todas elas, foram perdoadas!

5.    A cédula que era contra nós foi riscada

a.    Nossa dívida moral para com Deus, que era grande, foi cancelada.

b.    Ela foi cravada na cruz.

c.    Na cruz Jesus levou sobre si as nossas culpas.

d.    Na cruz Jesus realizou a grande transação para o nosso perdão.

e.    É por isso que o apóstolo Paulo disse: “... os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.  Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus” (1 Coríntios 1:22-24 DO)

6.    Deus, em Cristo, fez isso por nós. O que temos feito por Ele?

a.    Deus, em Cristo, fez isso por nós, por isso “... deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé...” (Hebreus 12:1-2 RC)

b.    Deus, em Cristo, fez isso por nós, por isso ouçamos e atendamos a Sua Palavra que nos diz: “... apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:1-2 RC)

c.    Deus, em Cristo, fez isso por nós, por isso busquemos as coisas que são de cima;

d.    Deus, em Cristo, fez isso por nós, por isso pensemos nas coisas que são de cima;

e.    Deus, em Cristo, fez isso por nós, por isso façamos morrer a nossa natureza carnal;

f.     Deus, em Cristo, fez isso por nós, por isso dispamo-nos da indumentária do pecado e vistamo-nos da indumentária celestial que se caracteriza por misericórdia, benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, amor...

g.    Deus, em Cristo, fez isso por você, portanto viva de forma que Ele seja glorificado em você;

h.    Alguém disse que “a igreja hoje abriga gente que saiu do mundo, mas não abandonou as práticas do mundo” – Que não seja assim com você! Seja vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra, porque Deus, em Cristo, fez isso por você, vivificou você.

 

Conclusão

 

1.    Quando estávamos mortos nos nossos pecados e na incircuncisão da nossa carne, Deus nos vivificou juntamente com Cristo, perdoando-nos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.

2.    Outrora morto, mas agora vivo;

3.    Outrora separado, mas agora unido a Deus;

4.    Outrora perdido, mas agora salvo;

5.    Outrora caminhando para o inferno, mas agora caminhando para o paraíso celestial

6.    Esta já é a sua experiência ou você ainda continua morto, separado de Deus, perdido?

7.    Arrependa-se de seus pecados, receba a Cristo pela fé e faça desta, hoje ainda, a sua experiência.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

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