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sábado, 22 de setembro de 2018

O SERVO DO SENHOR EM 2 CORÍNTIOS 4.16 – 5.21

O SERVO DO SENHOR EM 2 CORÍNTIOS 4.16 – 5.21

 

Texto bíblico:

 

16.  Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.

17.  Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente,

18.  não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.

 

01.  Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.

02.  E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu;

03.  se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus.

04.  Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados, não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida.

05.  Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito.

06.  Pelo que estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor

07.  (Porque andamos por fé e não por vista.).

08.  Mas temos confiança e desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor.

09.  Pelo que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes.

10.  Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.

11.  Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos manifestos a Deus; e espero que, na vossa consciência, sejamos também manifestos.

12.  Porque não nos recomendamos outra vez a vós; mas damo-vos ocasião de vos gloriardes de nós, para que tenhais que responder aos que se gloriam na aparência e não no coração.

13.  Porque, se enlouquecemos, é para Deus; e, se conservamos o juízo, é para vós.

14.  Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram.

15.  E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.

16.  Assim que, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora, já o não conhecemos desse modo.

17.  Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

18.  E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,

19.  isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação.

20.  De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus.

21.  Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”

 

Pontos para reflexão:

 

1)   O servo do Senhor deve estar focado na eternidade, nas “coisas que se não veem” – ele anda por fé e não por vista – 4.16 até o 5.7

a.   Ele sabe que neste mundo, seu “homem exterior”, isto é, seu corpo, se “corrompe” – esta é a palavra utilizada por Paulo, e ela significa “mudança para pior” – vai chegar o tempo em que você vai dizer que se sente um jovem de 25 anos preso num corpo de 80... mas o “homem interior” se renova por andar por fé e não por vista e estar focado nas “coisas que se não veem”, na eternidade onde ele será revestido de um corpo incorruptível e eterno, um corpo “estabilizado”, que não muda pra melhor porque ele será concedido já perfeito e também não muda para pior.

b.   O servo do Senhor que anda por fé e não por vista e que está focado nas “coisas que se não veem” também passa por tribulações neste mundo, mas, por causa da fé que tem e de “para onde o seu olhar está voltado”, considera estas tribulações como sendo “leves e momentâneas” e produtoras de algo que Paulo chama de “um peso eterno de glória mui excelente”, isto é “uma glória enorme e eterna, muito maior que o sofrimento”.

c.   Por estes dias eu estava lendo Jó 21. Os versos 7-15 são bem interessantes. Vamos ler estes versos:

 

“7 ¶ Por que razão vivem os ímpios, envelhecem, e ainda se esforçam em poder? 8  A sua semente se estabelece com eles perante a sua face; e os seus renovos, perante os seus olhos. 9  As suas casas têm paz, sem temor; e a vara de Deus não está sobre eles. 10  O seu touro gera e não falha; pare a sua vaca e não aborta. 11  Fazem sair as suas crianças como a um rebanho, e seus filhos andam saltando. 12 Levantam a voz ao som do tamboril e da harpa e alegram-se ao som das flautas. 13  Na prosperidade gastam os seus dias e num momento descem à sepultura. 14  E, todavia, dizem a Deus: Retira-te de nós; porque não desejamos ter conhecimento dos teus caminhos. 15  Quem é o Todo-poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?” (Jó 21:7-15 RC)

 

Jó está falando sobre os ímpios. E os ímpios em que Jó está pensando não são necessariamente pessoas que vivem atoladas no pecado, especialmente alguns pecados como roubar, matar, adulterar... São também, mas não são NECESSARIAMENTE, porque ímpio, no pensamento de Jó, e ele está certo, são todos aqueles que, seja por palavras ou seja por ações, demonstram não querer um relacionamento com Deus e nem ter conhecimento dos Seus caminhos e nem O servir e nem Lhe fazer orações (v. 14 e 15). Esses ímpios, muitos deles, observou Jó, muitas vezes prosperam. Veja no texto:

 

Ø  Verso 7: Eles envelhecem (na minha versão) – isso quer dizer que eles vivem bastante.

Ø  Verso 8: Eles têm filhos e netos e vivem para vê-los bem crescidos ao seu redor.

Ø  Verso 9: Nada ameaça a segurança de seus lares.

Ø  Verso 10: O seu gado se reproduz sem problemas.

Ø  Verso 11: Seus filhos estão bem, alegres, saltando de alegria.

Ø  Verso 12: Eles cantam e se divertem ao som de instrumentos musicais.

Ø  Verso 13: Eles vivem os seus dias na prosperidade, com tudo do bom e do melhor, e quando morrem, morrem num momento, sem dor e sem sofrimentos.

 

Bem, é claro que não são todos os ímpios que são assim bem-aventurados; Jó estava angustiado, e quando a gente está angustiado ou indignado com alguma situação a gente costuma fazer esse tipo de observação. Numa situação de tiroteio, por exemplo, quando a bala encontra a cabeça de um inocente, crente às vezes, e o bandido sai ileso... sorridente... a gente fica pensando... e às vezes a gente passa do pensamento à expressão falada: “por que o inocente e não o bandido?”...

 

Mas o que eu quero com a citação desse texto é observar algo que Jó diz no verso 13: “num momento descem à sepultura”. O que ele estava querendo transmitir era que muitas vezes o ímpio morre sem nenhum sofrimento; simplesmente fecha os olhos e se vai; sem feridas na pele, sem dor, sem ter que se raspar com cacos como Jó estava fazendo. Isso é o que Jó estava querendo dizer. Entretanto, inevitavelmente, fica também a mensagem de que o ímpio, e não só ele, os justos também, num momento está aqui vivendo e no outro não; e aí, o que será de ambos?... E é aqui que entra o nosso texto inicial, o de 2 Coríntios: O justo, nesse momento, vai experimentar uma “glória enorme e eterna maior que qualquer sofrimento que teve nesse mundo”; já o ímpio não. E talvez uma boa ilustração disso que estamos considerando aqui nós a encontremos na Parábola do Rico e Lázaro, contada por Jesus e registrada por Lucas, no capítulo 16 a partir do versículo 19.

 

2)   O servo do Senhor é alguém que passou a estar “em Cristo” e é “nova criatura” – ele não é mais exatamente a mesma pessoa de antes e não vive mais para si e sim para aquele que por ele morreu e ressuscitou. (15-17)

a.   Não vive mais para si – vive para Cristo.

Ø  Sai de cena para que Cristo entre em cena – foi isso que João Batista fez: “convém que eu diminua para que ele cresça”

Ø  Desce do trono para que Cristo reine – Pedro nos orienta a santificarmos Cristo com Senhor em nosso coração (1 Pedro 3.15) / Paulo, escrevendo aos Romanos, diz que somos salvos quando, dentre outras coisas, confessamos a Cristo como Senhor em nossos corações (Romanos 10)

Ø  “Morre” para que Cristo viva – foi isso que Paulo fez: “estou crucificado com Cristo, e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim...”

b.   Atitudes mudaram – nem todas, mas muitas; as boas, obviamente, permaneceram. Quem roubava não rouba mais, quem matava não mata mais, quem difamava não difama mais, quem mentia não mente mais... e por aí vai.

c.   Motivação das atitudes mudaram – Não só as atitudes mudaram, mas a motivação para as mesmas, então: ora não mais para ser visto pelos homens; dá esmolas não mais para ser visto pelos homens... A motivação do servo do Senhor é o amor, o amor de Cristo é quem o “constrange” (v. 14)

 

3)    O servo do Senhor tem um trabalho a fazer para o seu Senhor (20)

a.   Ele é um “Embaixador de Cristo” – Um Embaixador é uma pessoa incumbida de uma missão. No caso do servo do Senhor, ele é um embaixador de Cristo e sua missão é levar a mensagem de Cristo, que é uma mensagem de reconciliação com Deus.

 

4)   O servo do Senhor, concluída a sua obra e peregrinação neste mundo, não será simplesmente “aposentado” e “esquecido”: Deus tem, preparado para ele na eternidade, algo muito especial, que inclui a alegria da eterna presença de Deus.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

 

Setembro 2018 - IBMuqui

Quando a Igreja Ora

QUANDO A IGREJA ORA

 

01. Você ora a Deus?

02. Se sim, o quanto e o quão costumeiramente você ora a Deus?

03. E se não, por que?

04. Oração é prática de extrema importância na vida da igreja e do crente. Há muitas passagens nas Escrituras que evidenciam essa importância. Uma delas é uma parábola contada por Jesus e registrada por Lucas, que começa dizendo que aquela era “uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer”. Está em Lucas 18. Nessa parábola Jesus incentiva os seus discípulos, todos eles, os daquele tempo e os de hoje, a perseverarem na oração em meio aos reveses dessa vida porque chegará o dia em que o Juiz, nesse caso Justo, virá para fazer justiça aos seus escolhidos que clamam a Ele dia e noite, ainda que lhes pareça tardio. Mas Jesus, ao encerrar a parábola, pergunta: “quando, porém, vier o Filho do Homem, achará fé na terra?”. Encontrará Jesus pessoas ainda confiando e, portanto, orando?

05. Então eu volto a perguntar, pergunta essa que vale também para mim: você ora a Deus? O quanto e o quão costumeiramente você ora a Deus? E se não ora, porque não ora? Já perdeu a fé?

06. Hoje, como está óbvio, quero pensar com vocês sobre oração; mais precisamente sobre o que acontece ou pode acontecer quando a igreja ora. Obviamente não tudo o que pode acontecer, mas algumas coisas que encontro em um texto em particular o qual quero expor para os irmãos. O texto é Atos 12. Abra sua bíblia e me acompanhe na leitura.

 

“1 ¶ Por aquele mesmo tempo, o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja para os maltratar; 2  e matou à espada Tiago, irmão de João. 3  E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos asmos. 4  E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da Páscoa. 5 ¶ Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus. 6  E, quando Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite, estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. 7  E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias. 8  E disse-lhe o anjo: Cinge-te e ata as tuas sandálias. E ele o fez assim. Disse-lhe mais: Lança às costas a tua capa e segue-me. 9  E, saindo, o seguia. E não sabia que era real o que estava sendo feito pelo anjo, mas cuidava que via alguma visão. 10  E, quando passaram a primeira e a segunda guarda, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e, tendo saído, percorreram uma rua, e logo o anjo se apartou dele. 11  E Pedro, tornando a si, disse: Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava. 12  E, considerando ele nisso, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam. 13  E, batendo Pedro à porta do pátio, uma menina chamada Rode saiu a escutar. 14  E, conhecendo a voz de Pedro, de alegria não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta. 15  E disseram-lhe: Estás fora de ti. Mas ela afirmava que assim era. E diziam: É o seu anjo. 16  Mas Pedro perseverava em bater, e, quando abriram, viram-no e se espantaram. 17  E, acenando-lhes ele com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão e disse: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo, partiu para outro lugar. 18  E, sendo já dia, houve não pouco alvoroço entre os soldados sobre o que seria feito de Pedro. 19  E, quando Herodes o procurou e o não achou, feita inquirição aos guardas, mandou-os justiçar. E, partindo da Judéia para Cesaréia, ficou ali. 20 ¶ E ele estava irritado com os de Tiro e de Sidom; mas estes, vindo de comum acordo ter com ele e obtendo a amizade de Blasto, que era o camarista do rei, pediam paz, porquanto o seu país se abastecia do país do rei. 21  E, num dia designado, vestindo Herodes as vestes reais, estava assentado no tribunal e lhes dirigiu a palavra. 22  E o povo exclamava: Voz de Deus, e não de homem! 23  No mesmo instante, feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus; e, comido de bichos, expirou. 24  E a palavra de Deus crescia e se multiplicava.” (Atos 12:1-24 RC)

 

07. O livro de Atos foi escrito por Lucas e narra a história do crescimento da igreja primitiva e as atuações dos apóstolos nesse crescimento. Por isso, durante muitos séculos, pareceu óbvio a muitos estudiosos da Bíblia a classificação do livro como simplesmente história da igreja e seu autor como historiador. E obviamente o é. Porém, em tempos mais modernos, outros estudiosos começaram a classificá-lo também como teologia, apresentando como razão para isso o fato de que no livro se percebe claramente o propósito de compartilhar as boas-novas e “convencer ou ensinar” seus leitores, e não simplesmente apresentar um relato simples e imparcial de fatos e acontecimentos. Então, o livro pode ser classificado como uma obra literária de história e teologia. Devemos ler Atos, portanto, não simplesmente para estarmos cientes da história, do que aconteceu e como aconteceu, mas também para aprendermos lições que se aplicam a nós hoje. E uma dessas lições é sobre o que acontece ou pode acontecer quando a igreja (ou o crente) ora. E aprendemos isso aqui nesse capítulo 12.

08. O texto começa com uma referência a Herodes. Herodes era um “nome comum” de vários reis idumeus que governaram a Palestina de 37 a.C. a 70 d.C. Esse Herodes aqui do texto era neto de Herodes, o Grande, aquele que reconstruiu o templo em Jerusalém e também mandou matar as criancinhas em Belém depois que Jesus nasceu. O nome desse Herodes era Agripa I. Ele fazia de tudo para agradar aos judeus, e, por isso mesmo, como está escrito aí no texto, prendeu alguns da igreja para os maltratar e mandou matar Tiago, irmão de João.

09. Quando ele percebeu que isso agradara aos judeus, mandou prender também a Pedro. Como era o dia dos “pães asmos”, um feriado religioso, dia não apropriado para execuções e dia em que os judeus estavam ocupados demais com suas cerimônias para dar atenção a outras coisas, Herodes ordenou que Pedro ficasse preso, guardado por quatro escoltas de quatro soldados cada uma que se revezavam em turnos, com a intenção de apresenta-lo ao povo e, obviamente, executá-lo, depois da Páscoa.

10. E, nesse “contexto”, o que a igreja fez? O texto diz que a igreja “orou”: “a igreja fazia constante oração por ele a Deus”. Com a lembrança do martírio de Tiago ainda fresca em sua memória, a igreja se pôs a clamar com fervor a Deus pela vida de Pedro. E “coisas extraordinárias aconteceram”, porque coisas extraordinárias acontecem quando a igreja ora. As orações simples, porém, fervorosas da igreja, como bem observou alguém, foram mais poderosas do que Herodes e o inferno.

11. Quando a igreja ora, quando o crente ora, quando a igreja e o crente têm vida de oração coisas extraordinárias acontecem. As orações simples, porém, fervorosas da igreja e dos crentes são mais poderosas do que qualquer força contrária que possa se levantar contra a igreja e o crente. Há muitas forças contrárias se levantando hoje contra a igreja, e nós temos demonstrado grande preocupação quanto a isso; mas o quanto temos orado a Deus em relação a isso?

12. Feita essa introdução, observemos, pelo texto, o que acontece ou pode acontecer quando a igreja ou o crente ora. Eu vejo pelo menos sete acontecimentos no texto. Vamos ao primeiro:

 

I. QUANDO A IGREJA ORA ANJOS PODEM SER MOVIDOS PARA ATENDER AOS SERVOS DE DEUS.

 

“E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias.” (Atos 12:7 RC)

 

01. Um “anjo do Senhor” foi movido para libertar Pedro, e o libertou. Quem mais poderia fazer isso com tanta facilidade?

02. Às vezes Deus move/envia anjos para cumprir alguma tarefa e às vezes essa tarefa nos envolve, como envolveu Pedro naquela ocasião.

03. E esses anjos são

 

Anjos de verdade

 

04. No texto um anjo de verdade foi até a prisão para libertar Pedro.

05. Hebreus 1.14 diz acerca dos anjos que eles são espíritos que servem a Deus, os quais ele envia para ajudar os que vão receber a salvação. William Macdonald, em um comentário sobre esse trecho de Hebreus, considerando a possibilidade de que alguns fiquem surpresos quanto ao fato de que Deus pode enviar anjos para servirem/ajudarem/guardarem seus servos, faz uma interessante observação em forma de pergunta: “por que tal verdade deveria nos surpreender? É certo que há espíritos malignos que fazem guerra incessante contra os eleitos de Deus. É de admirar que haja anjos santos ajudando as pessoas chamadas para a salvação?”

06. Há vários outros relatos bíblicos, além desse, de anjos vindo em auxílio dos servos de Deus:

a.    Em Gênesis 18 e 19, depois de anunciar a Abraão a destruição de Sodoma e Gomorra, anjos vão até Sodoma e tiram Ló de lá. O verso 16 do capítulo 19 é especialmente interessante ao narrar que, diante da demora de Ló em sair, os anjos tomam pela mão a ele, sua mulher e suas filhas e os tiram para fora da cidade.

b.    Em Êxodo 14 lemos sobre um anjo, além da coluna de nuvem, que ia adiante de Israel após a saída do Egito. Quando os egípcios foram após os Israelitas para levarem-nos novamente cativos, esse anjo se põe atrás de Israel, para protegê-lo.

c.    Leia o livro de Juízes e você verá a abundante atuação de anjos do Senhor em favor de Seu povo.

d.    Em 1 Reis 19 um anjo faz pão e providencia água para Elias quando ele fugia de Jezabel. Veja que interessante: “Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como totalmente matara todos os profetas à espada. Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles. O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu moço. E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come. E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se. E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho.” (1 Reis 19:1-7 RC).

e.    Em Atos 5 os apóstolos são presos, mas um anjo do Senhor, de noite, abre as portas da prisão e os liberta e os manda se apresentarem no templo e continuarem pregando.

f.     Em Atos 8.26 um anjo vai até Filipe para orientá-lo a ir ao encontro de um eunuco etíope que examinava as escrituras.

g.    Enfim, são muitos os relatos acerca deste ministério dos anjos.

07. Davi sabia bem dessa atuação dos anjos, ao ponto de escrever que “o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem e os livra” (Salmo 34.7.)

08. O escritor aos Hebreus, em 13.2, diz de alguns que, sem saber, hospedaram anjos.

09. Então, parece que os anjos circulam por aqui quando ordenados por Deus, para servirem aos propósitos de Deus, e muitos desses propósitos nos envolvem, envolvem a nossa proteção.

10. Ainda hoje há muitos relatos sobre possíveis aparições de anjos. Alguns desses relatos certamente são fictícios, mas outros certamente são verdadeiros.

11. Então a igreja ora A DEUS, é bom que fique bem claro isso, a igreja não ora a anjos e nem presta nenhum tipo de adoração ou veneração a eles, mas ela ora a Deus, e em determinadas situações Deus pode mover anjos, anjos de verdade, para virem em ajuda da igreja ou de algum servo de Deus, como aconteceu aqui em Atos 12.

12. Mas também Deus pode mover:

 

“Anjos” figuradamente

 

13. “Anjos”, figuradamente, são aquelas pessoas que Deus envia para nos ajudar.

14. É por isso que alguém disse que “há pessoas que são anjos, mesmo sem ter asas”. Você já conheceu alguém assim?

15. Quando Saulo, logo após sua conversão, ainda cego, orava em Damasco, Deus envia não um anjo, mas um homem chamado Ananias, para ir até onde Saulo estava e impor as mãos sobre ele e orar e recuperar-lhe a visão. Naquele momento difícil na vida de Saulo Ananias foi para ele como que um anjo de Deus. E depois Saulo, que passou a se chamar Paulo, teve muitos outros “anjos humanos” em sua vida.

16. “Anjos humanos”, e eu digo isso de forma simples, figurada, e não “mística”, existem; pessoas comuns que Deus move para nos ajudar das mais diversas formas. Eu já conheci algumas dessas pessoas, e aqui mesmo em nossa igreja existem algumas.

17. Então quando a igreja ora, anjos, anjos de verdade e pessoas que são quais anjos em nossa vida, podem ser movidos por Deus para ajudar das formas mais diversas e nas situações mais variadas.

18. Segundo,

 

II. QUANDO A IGREJA ORA “DORMENTES” SÃO ACORDADOS.

 

“E, quando Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite, estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão.  E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias.” (Atos 12:6-7 RC)

 

01. Pedro estava dormindo. Situação interessante! Pedro estava preso, acorrentado entre dois soldados e outros guardas estavam à porta da prisão, Tiago já havia sido morto e certamente que Pedro sabia que essa era também a intenção de Herodes quanto a ele, mas ele dormia, e dormia profundamente, ao ponto de o anjo ter que lhe tocar no lado para o acordar.

02. Alguém, talvez acertadamente, considerou esse sono de Pedro como sendo o “triunfo da fé”. “O apóstolo provavelmente se lembrou da promessa de Jesus de que ele chegaria à velhice (Jo. 21.18) e, portanto, descansou, sabendo que Herodes não poderia matá-lo antes da hora” (MacDonald)

03. Meus irmãos, que lição de fé para nós existe nesse episódio! Pedro tinha uma promessa de Jesus e ele descansou naquela promessa, descansou em Deus. Precisamos aprender a descansar em Deus e em Suas promessas...

04. E enquanto Pedro estava lá na prisão, dormindo, a igreja orava incessantemente, e Deus enviou um anjo e o anjo o acordou. “Acorda Pedro, está na hora de ir”.

05. Bem, o sono de Pedro era o “sono da fé”, o “sono de quem cria no poder e na soberania de Deus e, portanto, descansava nessa fé”. Mas há muitos “dormentes” que dormem não o “sono da fé”, mas dormem o “sono da incredulidade” e outros o “sono da indiferença”, o “sono de quem está vivendo somente para si e não está nem aí para Deus e para as coisas de Deus”, o “sono das virgens loucas”.

06.  Quanta gente dormindo o “sono da incredulidade”.

a.    Incredulidade porque não crê mesmo em Deus e Sua Palavra, de forma alguma. Uma incredulidade total.

b.    Mas também incredulidade às vezes porque mesmo crendo de certa forma em Deus e Sua Palavra, não crê que TUDO vai se cumprir, especialmente aquelas partes que falam da perdição. “Que nada!”, dizem, “no fim das contas Deus vai é salvar a todos”. E assim, inadvertidamente, e até por boas intenções, fazem Deus mentiroso. É um “sono”, uma espécie de “dormência espiritual”, um “envenenamento satânico” para manter as pessoas na incredulidade quanto àquilo que Deus diz em Sua Palavra. Uma situação extremamente perigosa. Antes de o pecado entrar no mundo Deus havia advertido a Adão e Eva quanto ao que aconteceria se eles comessem do fruto proibido; mas Satanás, na serpente, disse a Eva: “Que nada! Nada disso vai acontecer! O que vai acontecer é que vocês serão como Deus!”. E Adão e Eva descreram da Palavra de Deus e creram nas insinuações de Satanás, e o pior aconteceu. E de lá para cá a história tem se repetido incessantemente; quanta gente vivendo na incredulidade! Não na incredulidade total, mas numa incredulidade perigosa por dar ouvidos às insinuações satânicas de que algumas coisas Deus não vai cumprir e que, portanto, não há razão para se preocupar. Acorde meu amigo! Ore igreja, para que as pessoas despertem desse sono.

07. Quanta gente, crente até, dormindo o sono da indiferença, o sono de quem vive somente para si e não está nem aí para as coisas de Deus, o sono das virgens loucas. É assim que Jesus disse que viviam os homens do tempo anterior ao dilúvio; eles “comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento”; em outras palavras, eles estavam voltados somente para si mesmos, cada um preocupado com o “seu próprio umbigo”, “até que veio o dilúvio e os tragou a todos...”. Acorda meu irmão! É tempo de deixar de viver somente para si mesmo e viver para Deus; é tempo de se interessar mais pelas coisas de Deus...

08. A igreja precisa orar e orar e orar por essas pessoas porque quando a igreja ora pode ser que muitos desses “dormentes” sejam acordados. E talvez a própria igreja precisa acordar, e, então, precisa orar por si mesma.

09. Vamos adiante; terceiro:

 

III. QUANDO A IGREJA ORA PRESOS SÃO LIBERTOS.

 

“E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias. E disse-lhe o anjo: Cinge-te e ata as tuas sandálias. E ele o fez assim. Disse-lhe mais: Lança às costas a tua capa e segue-me. E, saindo, o seguia. E não sabia que era real o que estava sendo feito pelo anjo, mas cuidava que via alguma visão. E, quando passaram a primeira e a segunda guarda, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e, tendo saído, percorreram uma rua, e logo o anjo se apartou dele.” (Atos 12:7-10 RC)

 

01. Grilhões (as “algemas” da época), soldados (duas guardas além daqueles em que Pedro estava preso), porta de ferro... nada disso manteve Pedro preso porque Deus resolveu que ele seria liberto. Quando Deus quer libertar Ele liberta! Ele liberta:

 

Presos como Pedro estava preso – presos não por causa de algum crime que tenham cometido, mas por causa do evangelho, por causa da sua fé em Deus.

 

02. Então precisamos orar, como aquela igreja, pela libertação daqueles que estão presos por causa do evangelho. Pode ser que Deus os liberte, de acordo com o Seu propósito para a vida deles. Ele libertou Pedro, e o libertou mais de uma vez; Ele, bem recentemente, libertou Miguel Zuguer, mais de uma vez; e libertou aquele nosso missionário de Missões Mundiais que foi preso em um país muçulmano, por quem nós mesmos estivemos orando. E ele tem libertado a muitos, sempre de acordo com o Seu propósito. E daqui para frente talvez mesmo em nosso país, que tem liberdade religiosa, muitos de nós enfrentem prisões por não se omitir em pregar toda a verdade contida na Palavra de Deus. Deixe-me citar um exemplo para os irmãos, mas quero fazê-lo de forma diferente; quero fazê-lo usando aquele episódio onde alguns religiosos levam até Jesus uma mulher pega em flagrante adultério para questionar dele se ela devia ser apedrejada ou não. Era uma armadilha. Se ele dissesse simplesmente que não, eles diriam: “quebrou a lei de Moisés”; se ele dissesse simplesmente que sim, talvez eles dissessem que ele estava contradizendo aquilo que apregoava; mas o que Jesus disse? Ele disse: “aquele dentre vós que estiver sem pecado que atire a primeira pedra”, e eles se retiraram, porque eram todos pecadores. Aí então Jesus se vira para aquela mulher e lhe diz: “ninguém te condenou, e eu também não te condeno, vá e não peques mais”. Pois bem, imaginemos você hoje nessa situação de Jesus, porém, ao invés de alguém que vive na prática do adultério, lhe levem alguém que vive na prática do homossexualismo, obviamente não para apedrejar, porque não é assim que se age hoje, mas para julgar e talvez condenar. Daí você se lembra de Jesus, e diz como ele: “quem dentre vós estiver sem pecado que profira a primeira palavra de condenação”; ninguém o faz, porque todos somos pecadores, e então você diz: “ninguém te condenou e nem eu te condeno”, e você será aplaudido, ovacionado por isso; mas se você também disser: “vá e não peques mais”, alguns vão dizer: “o que?”, “vá e não peques mais?”, “você chama essa opção sexual de pecado?”, “você é homofóbico!”... Veja bem; você não agrediu ninguém; você amou, abraçou, não condenou, e simplesmente não omitiu aquilo que a bíblia diz, e o fez de forma amorosa até, mas há pessoas, obviamente sob a inspiração do inferno, classificando isso também como crime de homofobia, e pessoas já estão sendo presas por um ou dois dias por isso, e já há um projeto sendo feito que, se passar, a prisão será por muito mais tempo, alguns anos talvez. Então a igreja precisa e precisará orar, incessantemente e intensamente, como aquela igreja orou pelo Apóstolo Pedro.

03. Mas Deus também liberta:

 

Presos nas garras do pecado.

 

04. Há também aqueles que estão presos nas garras do pecado. Por estes também precisamos orar para que Deus os liberte. Por aqueles que tem trabalhado na intenção de amordaçar a Palavra de Deus precisamos orar. Já me referi aqui ao curtíssimo “sermão” pregado por alguém nos Estados Unidos, fato citado pelo Dr. Russel Shedd, em que o pregador se dirige à plateia e pergunta sobre quem estava orando pelos seis soldados americanos que estavam presos em um determinado país muçulmano, e quase todos levantam a mão. Depois o pregador pergunta quem estava orando pelas 32 milhões de almas cativas do pecado que existiam naquele país que mantinha presos os soldados americanos. Poucos permaneceram com a mão levantada, ao que o pregador lhes disse: “vejo que vocês são mais americanos que cristãos”. Não podemos, amados, orar apenas pelos que foram, estão sendo e serão aprisionados por causa de sua fé em Deus, por causa da pregação do evangelho; precisamos orar também por aqueles que os estão prendendo, para que Deus os liberte, porque estes são prisioneiros do pecado; precisamos orar por todos os que estão presos nas garras do pecado, aqueles que não são hostis ao evangelho e mesmo aqueles que são hostis. Precisamos protestar sim, e precisamos lutar contra essas leis que vem surgindo por aí, mas precisamos orar e orar e orar, porque essas pessoas são prisioneiras. E ademais, vocês pensam que nossa luta é simplesmente contra essas pessoas? Simplesmente contra “carne e sangue”? Não!!! Nossa luta é contra as “hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais”; por trás de todas essas coisas contrárias a Deus e sua Palavra estão poderes infernais, e nós, como servos de Deus, precisamos nos revestir de toda a armadura de Deus para permanecermos firmes, e orar, orar e orar...

05. Quando oramos, quando a igreja ora, Deus pode libertar os presos, tanto os “presos por causa da justiça” quanto os presos nas garras do pecado.

06. Mas tem mais:

 

IV. QUANDO A IGREJA ORA ELA SE ALEGRA, PORQUE VÊ O AGIR DE DEUS.

 

“E, conhecendo a voz de Pedro, de alegria não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta.” (Atos 12:14 RC)

 

01. Rode (Rosa) ficou tão alegre ao ouvir a voz de Pedro, que esqueceu de abrir o portão. Correu para dentro a fim de dar as boas notícias aos que estavam orando: “Deus atendeu as nossas orações! Pedro está aí na porta”.

02. Agora, tem uma coisa interessante aí no texto, nos versos 15 e 16: Eles não acreditaram na menina e disseram que ela estava fora de si; e depois, quando o viram, ficaram espantados. Estavam orando mas não criam que Deus poderia libertar Pedro? Alguns gostam de explorar essa opinião, e talvez ela até tenha um fundo de verdade, mas eu prefiro pensar que a incredulidade e o espanto momentâneo deles foi porque eles sabiam onde e como Pedro estava preso e por causa da rapidez com que suas orações foram respondidas.

03. Então o agir poderoso de Deus gerou neles essas expressões de espanto e de quem como que diz “é inacreditável o que estamos vendo acontecer, o que estamos experimentando da parte de Deus”; e gerou muita alegria.

04. A igreja precisa orar incessantemente pelo agir de Deus nas coisas simples e, também, naquelas coisas que tornam inequívoca a Sua ação poderosa. A igreja precisa crer, e orar, e quando a igreja crer e orar Deus vai agir poderosamente, e quando Deus assim agir, a princípio pode ser que fiquemos desnorteados, espantados e até um pouco incrédulos, mas quando esse “desnorteamento” passar a alegria será abundante por causa da ação inequívoca de Deus.

05. Em quinto lugar:

 

V. QUANDO A IGREJA ORA O MUNDO FICA ESTARRECIDO, ADMIRADO, SEM ENTENDER, E ATÉ IRRITADO PELAS COISAS QUE ACONTECEM E SOBRE AS QUAIS ELE NÃO TEM NENHUM PODER.

 

“E, sendo já dia, houve não pouco alvoroço entre os soldados sobre o que seria feito de Pedro.  E, quando Herodes o procurou e o não achou, feita inquirição aos guardas, mandou-os justiçar. E, partindo da Judéia para Cesaréia, ficou ali.” (Atos 12:18-19 RC)

 

01. O agir de Deus não provoca reações apenas na igreja. O mundo fica estarrecido, admirado, sem entender, irritado... porque não tem nenhum poder sobre o agir de Deus.

02. Os guardas ficaram “alvoroçados”, e Herodes também, ao ponto de mandar executar os guardas – “Mandou-os justiçar” significa “mandou que fossem mortos”.

03. Eles, como se diz, “não entenderam nada”.

04. Veja o seguinte testemunho de milagre dado pelos missionários da entidade Bibles 4 MidEast (Bíblias para o Oriente Médio) e divulgada pelo Gospel + :

 

Para combater a fome e miséria, pastor clama a Deus e vê alimento ser multiplicado na África

 

O milagre da multiplicação operado por Jesus é registrado nos quatro evangelhos. Esse registro histórico da manifestação sobrenatural serviu de inspiração para um gesto de fé de um pastor que lidera uma igreja na África.

O relato do testemunho de milagre foi feito pelos missionários da entidade Bibles 4 MidEast, que ouviram o episódio do pastor Abu (nome alterado por razões de segurança) e sua congregação.

Abu costumava receber pessoas que não compartilham a mesma fé ao final dos cultos de domingo, além dos próprios membros da igreja, e dividia com eles a refeição preparada com os mantimentos de sua própria casa.

Essa tradição se consolidou e ganhou fama, e o número de pessoas que apareciam aos finais dos cultos para se alimentar chegava a 300 todos os domingos. Entretanto, a crise se agravou e a miséria e fome se intensificaram na região, e os recursos da igreja já não eram suficientes para custear as refeições para um grupo tão grande.

Quando a real situação foi revelada, as pessoas começaram a criticar o pastor intensamente. O pastor, sem enxergar alternativas, ainda se deparou com um homem chamado Hydrus caído no chão, abatido pela fome e sem forças para se levantar.

Hydrus era muçulmano e só tinha ido ao templo pelo interesse na comida. Na conversa com o pastor, ele revelou que não tinha se alimentado ao longo da semana, e que sua última refeição havia sido ao final do culto do domingo anterior.

Atônito com a situação, o pastor Abu levou o homem para sua casa e o serviu com sua própria refeição, já que a igreja não tinha preparado o banquete usual. Após se alimentar, Hydrus caiu no sono, e a família do pastor o deixou descansando no galpão da igreja, e enquanto ele dormia, teve um sonho que transformaria sua forma de ver a vida.

No sonho, Hydrus viu Jesus. “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede. Creia em mim como seu Senhor e Salvador”, disse o Filho de Deus a ele. Ao acordar, Hydrus reparou que havia uma Bíblia na mesa e abriu no capítulo 6 do evangelho de João, que, para sua surpresa, dizia as mesmas palavras de seu sonho.

Intrigado, o homem procurou Abu para pedir explicações sobre o que havia vivenciado, e ao final da conversa, decidiu se entregar a Jesus Cristo. Ao longo da semana, ele se dedicou a aprender sobre quem foi Jesus e o que é o Evangelho. Empolgado, ele revelou que queria compartilhar seu testemunho no culto do domingo seguinte.

No entanto, como a igreja já havia anunciado que as refeições não seriam mais servidas ao final do culto devido à crise, o culto tinha apenas metade das pessoas que costumavam comparecer. No entanto, muitos dos que foram àquele culto e ouviram o testemunho de Hydrus decidiram se entregar a Jesus também.

No domingo posterior, novamente o pastor não tinha comida para oferecer aos frequentadores, mas decidiu fazer uma oração pedindo que Deus os sustentassem naquele dia. Ao mesmo tempo, a esposa do pastor tomou a iniciativa de encher uma panela com água e colocou no fogão à lenha na cozinha do templo, e pediu que Hydrus colocasse o último pacote de 100 gramas de farinha de trigo no recipiente, pois era tudo que tinham.

Aquela quantidade mal supriria as refeições da família do pastor, mas quando o culto terminou, ela foi conferir a panela e notou que o resultado em si parecia um milagre: a comida tinha aparência de ser muito mais saborosa do que um simples trigo cozido.

O pastor Abu e sua esposa decidiram compartilhar a refeição com todos, mesmo sendo uma quantidade tão pequena. E, assim como no milagre da multiplicação, aquela pequena porção serviu a todos os presentes, pois quando o pastor começou a repartir, notou que o conteúdo estava sendo imediatamente reposto.

Abu agradeceu a Deus em alta voz e continuou servindo a todos, até que ficassem satisfeitos. Toda a igreja se reuniu mais uma vez para louvar a Deus, por seu cuidado e provisão. A repercussão do milagre levou mais e mais pessoas a frequentarem os cultos e ouvir a Palavra de Deus.

Atualmente, cerca de 600 pessoas comparecem aos cultos, e segundo a Bibles 4 MidEast, líderes muçulmanos locais estão irritados com o crescimento da igreja, mas não tomaram nenhuma iniciativa hostil porque a comida servida no templo está suprindo necessidades básicas de boa parte da população da aldeia.

 

(https://noticias.gospelmais.com.br/miseria-pastor-ora-alimento-multiplicado-africa-95388.html)

 

05. “Líderes muçulmanos estão irritados com o crescimento da igreja...”, mas o que eles podem fazer, se é por esse agir de Deus através daquela igreja que as necessidades básicas alimentares de boa parte da população da aldeia estão sendo supridas?

06. Vamos ao sexto acontecimento, o penúltimo:

 

VI. QUANDO A IGREJA ORA O INIMIGO É DERROTADO E ÀS VEZES SE DERROTA A SI MESMO PELOS SEUS PRÓPRIOS ERROS.

 

“E, num dia designado, vestindo Herodes as vestes reais, estava assentado no tribunal e lhes dirigiu a palavra. E o povo exclamava: Voz de Deus, e não de homem! No mesmo instante, feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus; e, comido de bichos, expirou.” (Atos 12:21-23 RC)

 

01. Herodes caiu no erro da soberba. E a soberba precede a ruína. E então um anjo o feriu e ele morreu comido de bichos.

02. Oração e confiança em Deus é a melhor “arma” que existe.

03. Como bem se expressou Davi: “Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR, nosso Deus. Uns encurvam-se e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé.” (Salmos 20:7-8 RC)

04. E, por último:

 

VII. QUANDO A IGREJA ORA A PALAVRA DE DEUS SE EXPANDE MESMO CONTRA TODAS AS PROBABILIDADES.

 

“E a palavra de Deus crescia e se multiplicava.” (Atos 12:24 RC)

 

01. “A Palavra de Deus crescia e se multiplicava”.

02. A igreja, desde seu início, tem passado por grandes perseguições. Nesse texto de Atos vemos os cristãos sendo perseguidos e combatidos. Mas a igreja crescia. “A Palavra de Deus crescia e se multiplicava”.

03. Alguns anos se passaram, e com Nero, ainda no primeiro século, iniciaram-se as grandes perseguições. A fúria contra os cristãos era tão grande que, conforme registrou Eusébio, as cidades ficavam cheias de cadáveres.

04. “Os tiranos e órgãos de Satanás não se contentavam apenas com a morte para tirar a vida do corpo. Os tipos de morte eram tão diversificados quanto terríveis. Tudo o que a crueldade da invenção do homem pudesse conceber para castigar o corpo humano era posto em prática contra os cristãos – açoites e flagelos, estiramentos, dilacerações, apedrejamentos, lâminas de ferro em brasa aplicadas aos seus corpos, profundas masmorras, rodas de tortura, estrangulamentos nas prisões, os dentes de animais selvagens, grelhas, patíbulos e forcas, os arremessos sobre os chifres de touros. Além disso, quando eram mortos por esses meios, os seus corpos eram amontoados e junto a eles deixavam cães para guardá-los, a fim de que ninguém pudesse vir dar-lhes sepultura, e súplica nenhuma conseguia que eles fossem entregues para serem sepultados”. (https://www.comshalom.org/historia-igreja-sangue-martires-semente-cristaos-tertuliano/)

05. Qual é a probabilidade de a igreja crescer num ambiente assim?

06. No entanto, “apesar de todas essas contínuas perseguições e castigos horríveis, a Igreja crescia a cada dia, profundamente enraizada na doutrina dos apóstolos e dos homens apostólicos e abundantemente regada pelo sangue de santos”. (https://www.comshalom.org/historia-igreja-sangue-martires-semente-cristaos-tertuliano/)

07. A igreja era perseguida e os cristãos eram mortos, mas, os anos se passavam e a igreja, ao invés de diminuir crescia. Tertuliano chegou a dizer que “o sangue dos mártires é a semente dos cristãos”.

08. Hoje não é diferente. Em muitos lugares do mundo a igreja é extremamente perseguida e cristãos são mortos das formas mais variadas. Mas ninguém consegue destruí-la. Ela cresce contra todas as probabilidades, porque Deus age. A igreja ora, Deus age, e ela se expande.

 

CONCLUINDO:

 

01. Então, meus queridos irmãos, conclui-se que precisamos ser uma igreja de oração. Muito mais de oração do que qualquer outra coisa.

a.   Uma igreja de muito trabalho, mas muito mais de oração;

b.   Uma igreja que não se omite de enxergar e apontar os erros cometidos pela sociedade em geral, incluindo os erros das autoridades constituídas, e que não se omite também de protestar contra esses erros, mas muito mais uma igreja de oração. Preocupamo-nos e protestamos quanto às coisas que vem acontecendo, quanto à institucionalização da iniquidade, quanto às ideologias contrárias à Palavra de Deus e que até nos oferecerão alguns riscos caso sejam estabelecidas, mas o quanto oramos? O quanto buscamos em Deus o socorro contra essas coisas?

c.   Uma igreja que prega o evangelho de forma abundante, mas que não o faz sem oração, muita oração;

d.   Uma igreja cujos componentes oram quando estão sozinhos, mas que também se reúnem para orar juntos, como a igreja de Atos 12.

02. Precisamos orar, orar e orar, e em isso fazendo:

a.    Até anjos Deus poderá mover para nos ajudar;

b.    “Dormentes” serão acordados;

c.    Presos poderão ser libertos; (me perguntaram se eu estava orando para o Lula ser liberto... A verdade é que precisamos orar para que ele, bem como outros, sejam libertos da prisão espiritual em que se encontram)

d.    Nos alegraremos porque veremos o agir de Deus;

e.    O mundo ficará estarrecido, admirado, sem entender, e até irritado pelas coisas que acontecerão e sobre as quais ele não tem nenhum poder;

f.     O inimigo será derrotado;

g.    E a palavra de Deus vai se expandir mesmo contra todas as probabilidades.

 

03. Então... oremos...

 

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

 

Igreja Batista em Muqui – Setembro de 2018