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sexta-feira, 9 de junho de 2017

Por que fazer missões

POR QUE FAZER MISSÕES

 

1.    Chegou o tempo de mais uma campanha missionária, a campanha de Missões Estaduais.

2.    São três as campanhas que fazemos no ano: Missões Mundiais, Missões Estaduais e Missões Nacionais.

3.    Nós, batistas da Convenção Batista Brasileira, segundo estatística até Março de 2016, que consta do site da CBB, somos cerca de 1.350.000 espalhados em cerca de 7.000 igrejas e 4.000 missões. Temos uma junta Missionária Mundial e uma Nacional que estão em operação há 110 anos e que, juntas, administram cerca de 2.100 missionários. Além disso, cada estado tem a sua junta missionária estadual que, calculo eu, juntas administram mais de 700 missionários. E, ainda além disso, cada igreja desenvolve seu trabalho evangelístico e há igrejas que mantém missionários seus próprios, e há igrejas que mantém missionários batistas que estão nos campos através de outros órgãos missionários como a JOCUM por exemplo.

4.    Por que? Qual a razão de nos preocuparmos assim em fazer missões?

5.    É em torno dessa pergunta que refletiremos nesta manhã, e, para tanto, leiamos alguns trechos bíblicos:

 

“ E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.” (Mateus 4:23 RC)

 

“ E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.  Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;  ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” (Mateus 28:18-20 RC)

 

“ Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1:8 RC)

 

“ E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.  E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?  E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele.  E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele.  E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e desatar os seus sete selos.  E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda a terra.  E veio e tomou o livro da destra do que estava assentado no trono.  E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.  E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;  e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.  E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões e milhares de milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças.  E ouvi a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono e ao Cordeiro sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.  E os quatro animais diziam: Amém! E os vinte e quatro anciãos prostraram-se e adoraram ao que vive para todo o sempre.” (Apocalipse 5:1-14 RC)

 

6.    O grande missionário Adoniran Judson disse certa feita: "Muitos crentes consagrados jamais atingirão os campos missionários com os seus próprios pés, mas poderão alcançá-los com os seus joelhos”. Poderíamos acrescentar “e com os seus bolsos” às palavras de Adoniran Judson.

7.    Houve um tempo na história da igreja em que Missões era assunto proibido. Quando o inglês William Carey buscou ajuda para pregar o evangelho aos hindus na Índia, ele ouviu, em tom de repreensão: "se Deus quiser salvar os perdidos, Ele mesmo fará isto, sem precisar de missionários".

8.    Graças a Deus este tempo já ficou para trás.

9.    Em nossa declaração doutrinária, a Declaração Doutrinária da CBB, o 13º tópico é sobre evangelização e missões, e assim está escrito:

 

A missão primordial do povo de Deus é a evangelização do mundo, visando à reconciliação do homem com Deus. (Mt 28.19,20; Jo 17.20; At 1.8; 13.2,3)

 

É dever de todo discípulo de Jesus Cristo e de todas as igrejas proclamar, pelo exemplo e pelas palavras, a realidade do Evangelho, procurando fazer novos discípulos de Jesus Cristo em todas as nações, cabendo às igrejas batizá-los e ensiná-los a observar todas as coisas que Jesus ordenou. (Mt 28.18-20; Lc 24.46-49; Jo 17.20)

 

A responsabilidade da evangelização estende-se até aos confins da terra e por isso as igrejas devem promover a obra de missões, rogando sempre ao Senhor que envie obreiros para a sua seara. (Mt 28.19; At 1.8; Rm 10.13-15)

 

10. Você pode ler a Declaração Doutrinária da CBB na íntegra no seguinte endereço eletrônico: http://www.batistas.com/institucional/declaracao-doutrinaria

11. Em nossa declaração de princípios, na parte que versa sobre nossa tarefa contínua, sobre o evangelismo e missões assim lemos:

 

Evangelismo:

O evangelismo é a proclamação do juízo divino sobre o pecado, e das boas novas da graça divina em Jesus Cristo. É a resposta dos cristãos às pessoas na incidência do pecado, é a ordem de Cristo aos seus seguidores, a fim de que sejam suas testemunhas frente a todos os homens. O evangelismo declara que o evangelho, e unicamente o evangelho, é o poder de Deus para a salvação. A obra de evangelismo é básica na missão da igreja e no mister de cada cristão.


O evangelismo, assim concebido, exige um fundamento teológico firme e uma ênfase perene nas doutrinas básicas da salvação. O evangelismo neotestamentário é a salvação por meio do evangelho e pelo poder do Espírito. Visa à salvação do homem todo; confronta os perdidos com o preço do discipulado e as exigências da soberania de Cristo; exalta a graça divina, a fé voluntária e a realidade da experiência de conversão.


Convites feitos a pessoas não salvas nunca devem desvalorizar essa realidade imperativa. O uso de truques de psicologia das massas, os substitutivos da convicção e todos os esquemas vaidosos são pecados contra Deus e contra o indivíduo. O amor cristão, o destino dos pecadores e a força do pecado constituem uma urgência obrigatória.


A norma de evangelismo exigida pelos tempos críticos dos nossos dias é o evangelismo pessoal e coletivo, o uso de métodos sãos e dignos, o testemunho de piedade pessoal e dum espírito semelhante ao de Cristo, a intercessão pela misericórdia e pelo poder de Deus, e a dependência completa do Espírito Santo.


O evangelismo, que é básico no ministério da igreja e na vocação do crente, é a proclamação do juízo e da graça de Deus em Jesus Cristo e a chamada para aceitá-lo como Salvador e segui-lo como Senhor.


Missões:

Missões, como usamos o termo, é a extensão do propósito redentor de Deus através do evangelismo, da educação e do serviço cristão além das fronteiras da igreja local. As massas perdidas do mundo constituem um desafio comovedor para as igrejas cristãs.


Uma vez que os batistas acreditam na liberdade e competência de cada um para as próprias decisões, nas questões religiosas, temos a responsabilidade perante Deus de assegurar a cada indivíduo o conhecimento e a oportunidade de fazer a decisão certa. Estamos sob a determinação divina, no sentido de proclamar o evangelho a toda a criatura. A urgência da situação atual do mundo, o apelo agressivo de crenças e ideologias exóticas, e nosso interesse pelos transviados exigem de nós dedicação máxima em pessoal e dinheiro, a fim de proclamar-se a redenção em Cristo, para o mundo todo.


A cooperação nas missões mundiais é imperativa. Devemos utilizar os meios à nossa disposição, inclusive os de comunicação em massa, para dar o Evangelho de Cristo ao mundo. Não devemos depender exclusivamente de um grupo pequeno de missionários especialmente treinados e dedicados. Cada batista é um missionário, não importa o local onde mora ou posição que ocupa. Os atos pessoais ou de grupos, as atitudes em relação a outras nações, raças e religiões fazem parte do nosso testemunho favorável ou contrário a Cristo, o qual, em cada esfera e relação da vida, deve fortalecer nossa proclamação de que Jesus é o Senhor de todos.


As missões procuram a extensão do propósito redentor de Deus em toda parte, através do evangelismo, da educação, e do serviço cristão e exige de nós dedicação máxima.

 

12. http://www.batistas.com/institucional/principios-batistas é o endereço eletrônico onde você pode ler na íntegra os Princípios Batistas.

13. Estamos já acostumados em nossa igreja a realizarmos todos os anos, além do trabalho normal de evangelização, algumas campanhas missionárias, conforme já falamos.

14. Por quê?

15. Quais seriam algumas razões para isso, para fazermos missões?

16. Pensemos em apenas quatro razões:

 

I. Fazemos Missões porque Jesus fazia Missões

 

1.    Os evangelhos são claros em nos mostrar que Jesus fazia missões.

2.    Bastam alguns trechos para constatarmos isso.

3.   Em Mateus 4.23 lemos que Jesus “percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o Evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo”

4.   Em Mateus 9.35 lemos que ele “percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo”

5.   Em Lucas 9.1-2 vemos Jesus enviando “missionários”: “convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios, e para curarem enfermidades; e enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos”

6.   E em Lucas 19.10 Jesus diz dele mesmo que “o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”, e, aprendemos com o Apóstolo Paulo em 1 Coríntios 1.21, essa “busca e salvamento” se dá através da pregação do evangelho.

7.    Jesus fazia Missões, portanto, nada mais natural que os seus discípulos também façam Missões, isto é, ajam de alguma forma em prol da salvação dos perdidos.

8.    O segundo motivo que quero apresentar é:

 

II. Fazemos Missões porque Jesus ordenou que fizéssemos Missões

 

1.    Pesquisando um pouco sobre esse assunto encontrei a seguinte frase, originalmente em inglês (tradução do Google):

 

“Pergunte a si mesmo esta pergunta: "Por que Jesus veio à Terra?”. Qualquer pessoa, mesmo com um conhecimento superficial da Bíblia sabe a resposta. Foi para reconciliar o homem consigo mesmo. Foi para restaurar o relacionamento que foi rompido entre o homem e Deus como resultado da rebelião. Ele na terra tinha essa missão em mente, e agora, como ele já voltou para o céu, a missão foi deixada para nós, como indicado em 1 Coríntios 5:18, "Tudo isto vem de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos confiou o ministério da Reconciliação”.

 

2.   E não é verdade isso?

3.   Sim, é verdade!

4.   Jesus deixou conosco a responsabilidade de fazer Missões, de levar a mensagem do evangelho a todas as pessoas em todos os lugares.

5.    Assim lemos em Mateus 28.18-20:

 

“E, chegando-se Jesus, falou-lhes (aos discípulos), dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;  Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém.”

 

6.   Em Atos 1.8 Jesus diz:

 

“recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”

 

7.    E é com base nesse fato que a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira diz que a missão primordial do povo de Deus é a evangelização do mundo, visando a reconciliação do homem com Deus e que é dever de todo discípulo de Jesus Cristo e de todas as igrejas proclamar, pelo exemplo e pelas palavras, a realidade do evangelho, procurando fazer novos discípulos de Jesus Cristo em todas as nações, cabendo às igrejas batizá-los e ensinar a observar todas as coisas que Jesus ordenou, e também que a responsabilidade da evangelização estende-se até aos confins da terra e por isso as igrejas devem promover a obra de missões, rogando sempre ao Senhor que envie obreiros para a sua seara.

8.   Jesus mandou, por isso, além das outras razões, fazemos Missões.

9.   Vamos à terceira razão.

 

III. Fazemos Missões porque pessoas de todas as tribos, povos, línguas e nações precisam ouvir o evangelho da graça.

 

1.    Pergunto para os irmãos: existe alguém neste mundo que seja imaculado, sem pecado e que não careça da graça de Deus?

2.    Atribui-se a Dick Hills a seguinte frase: “Cada coração com Cristo é um missionário, e cada coração sem Cristo é um campo missionário”.

3.    Onde houver um coração sem Cristo, aí o evangelho precisa ser pregado. Se num lugar remoto da terra houver uma, apenas uma pessoa, e se essa for uma pessoa que nunca ouviu falar de Cristo, precisamos levar o evangelho até essa pessoa. Se não houver outro meio, alguém precisará ir lá lhe falar do amor e da Graça de Deus em Cristo Jesus.

4.    Textos que já lemos aqui hoje dizem que o evangelho deve ser pregado:

a.    Em todas as nações;

b.    Em Jerusalém, toda a Judéia, Samaria e até aos confins da terra.

5.    Em Apocalipse 5.9 e 7.9 lemos:

 

“E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;” / “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos”

 

6.    E para ouvirem é preciso que alguém lhes pregue a Palavra. Assim lemos em Romanos 5:

 

“Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. 

 

Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 

 

Como, pois, invocarão aquele em quem não creram?

 

e como crerão naquele de quem não ouviram?

 

e como ouvirão, se não há quem pregue? 

 

E como pregarão se não forem enviados?...

 

7.    Então, precisamos pregar; e precisamos enviar pregadores.

8.    E, por último, uma razão que para pronunciá-la tomo emprestadas as palavras do artigo “Por que fazer missões é uma tarefa tão urgente?”, de Hernandes Dias Lopes:

 

IV. A conversão daqueles por quem Cristo morreu traz glória ao nome de Deus

 

1.    Ainda nas palavras de Hernandes Dias Lopes no referido artigo:

 

Fazemos missões para que os povos venham e se prostrem aos pés de Jesus e deem a Deus toda a glória devida ao seu nome. A glória de Deus deve ser a nossa motivação mais elevada para evangelizarmos todos os povos, tribos, línguas e nações!

 

2.    "A glória de Deus deve ser a nossa motivação mais elevada...".

3.    Não podemos negar que somos tendentes em buscar glória para nós. Nossa carne, em geral, é inclinada a isso. Se tocamos bem, se cantamos bem, se trabalhamos bem, se pregamos bem... se tudo "deu certo"... às vezes o orgulho tenta aflorar... e às vezes até fazemos com o objetivo de nos autopromover. Às vezes nem nos damos conta, negamos, e até nos enganamos a nós mesmos esquecendo-nos de que “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9 RC)

4.    Eu disse "às vezes" e não "sempre" – e talvez nem seja o caso de todos; cada qual julgue-se a si mesmo.

5.    Fazer missões orando, indo e contribuindo deve ter como motivo a glória de Deus e não a nossa glória pessoal ou a glória de nossa igreja local ou a glória de nossa denominação.

 

Concluindo

 

1.    Valdir Steuernagel, em “Obediência Missionária e Prática”, escreveu a certa altura:

 

"Uma espiritualidade sadia vive na presença de Deus, alimenta-se da Palavra, se expressa em comunidade e se caracteriza por um espírito missionário”.

 

2.    Um dia uma mulher criticou o grande evangelista do século XIX, D.L. Moody pelos seus métodos de evangelismo no intuito de ganhar pessoas para Cristo. Moody respondeu:

 

"Concordo com você, eu não gosto do jeito com que faço isso também. Diga-me, como fazê-lo?" A mulher respondeu, "Eu não sei fazer isso!" Moody então disse, "Então eu gosto do meu jeito de fazer isso melhor que o seu jeito de não fazê-lo!"

 

3.    Se somos discípulos de Cristo, precisamos fazer missões. Não importa como e nem o quanto fazemos, desde que não nos acomodemos em fazer menos e com menor qualidade do que realmente podemos.

4.    Precisamos fazer porque Jesus fez; o Mestre deixou o exemplo para seguirmos.

5.    Precisamos fazer porque Jesus ordenou que fizéssemos

6.    Precisamos fazer porque há muita gente, de todos os povos, tribos, raças e nações carentes de ouvir o evangelho da Graça de Deus.

7.    E precisamos fazer porque a conversão daqueles por quem Cristo morreu trará glória ao nome de Deus.

8.    Então, vamos fazer Missões.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

IBMuqui – Junho de 2017

sábado, 28 de março de 2015

A Todas as Gentes

A TODAS AS GENTES

 

“E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim” (Mateus 24:14 RC)

 

1.    A mensagem do texto em questão é a vinda do fim. Mas, antes de vir o fim, vêm os sinais que o antecedem, o que faz o texto e seu contexto falar também sobre:

a.    A vinda de falsos cristos;

b.    A deflagração de guerras;

c.    O aumento da fome, de pestes, de terremotos;

d.    O aumento da iniqüidade trazendo como conseqüência o esfriamento do amor de muitos;

e.    O surgimento de muitos falsos profetas que enganarão a muitos;

f.     E o evangelho sendo pregado, mesmo em meio a tudo isto, em todo o mundo, a todas as gentes.

2.    Quero me deter neste último ponto, já que estamos em campanha de Missões.

3.    Pensemos em algumas questões:

 

I. O texto nos leva a pensar em algumas verdades absolutas.

 

1.    O que é isso? O que significa "absoluto"?

a.    Se estivéssemos pensando sobre Deus, então aproveitaríamos a definição do Aurélio de "absoluto" como sendo "conceito de um ser, ideal ou material, que se definiria como o princípio constitutivo e explicativo de toda a realidade".

b.    Mas como não estamos tratando de "Deus", e sim de "verdades", então podemos aproveitar a definição do mesmo Aurélio que diz que absoluto é aquilo "que não admite contradição; incontestável"

2.    Então estaremos voltando o nosso pensamento para verdades que não admitem contradição, incontestáveis.

3.    Em uma das leituras devocionais do periódico devocional “Nosso Andar Diário”, a do dia 13 de Março de 2007, há uma referência à história de um professor de filosofia que começava cada novo semestre perguntando a seus alunos se eles acreditavam haver valores absolutos que podem ser comprovados. Havia muitos alunos relativistas que acreditavam que nenhuma lei pode ser aplicada de forma universal, sendo tudo, então, relativo e dependente de lugares, circunstâncias e tempo. Mas ao final o professor provou que existem valores absolutos, inquestionáveis.

4.    Bem, eu não sei quais foram os valores que o referido professor ao final provou serem absolutos, mas gostei bastante de um texto de Rogério Alves dos Santos em que ele trata de valores do reino de Deus que são absolutos, baseado em Marcos 9. Veja alguns, como exemplos:

 

NO REINO DE DEUS NÃO HÁ LUGAR PARA AUTOPROMOÇÃO – vv 33-34 "Tendo eles partido para Cafarnaum, estando ele em casa, interrogou os discípulos: De que é que discorríeis pelo caminho? Mas eles guardaram silêncio; porque, pelo caminho, haviam discutido entre si sobre quem era o maior"

NO REINO DE DEUS SER GRANDE É SER SERVO – v 35 "E ele, assentando-se, chamou os doze e lhes disse: Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos"

NO REINO DE DEUS OS MENORES SÃO ABSOLUTAMENTE IMPORTANTES – vv 36-37 "Trazendo uma criança, colocou-a no meio deles e, tomando-a nos braços, disse-lhes: Qualquer que receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou"

O REINO DE DEUS EXIGE RENUNCIA DE TUDO QUE NOS AFASTA DA SANTIDADE – vv 42-48 "E quem fizer tropeçar a um destes pequeninos crentes, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse lançado no mar. E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga. E, se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga. E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno, onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga"

 

(https://www.facebook.com/fanpage.rogerioalves?fref=nf)

 

5.    Não são estes valores realmente inquestionáveis?

6.    Mas não é só valores; existem verdades absolutas, indiscutíveis.

7.    E o texto nos leva a pensar em algumas dessas verdades nas quais a igreja fará bem em atentar para cumprir a sua missão. Tenho um material gravado em meu computador, que, infelizmente, talvez por erro meu na época em que coletei, não consta o autor, que enumera essas verdades como sendo pelo menos três: (A) Uma mensagem que deve ser anunciada; (B) A mensagem é o evangelho do reino e (C) A geografia, a delimitação da área em que essa mensagem deve ser pregada, é determinada pelo próprio Cristo

8.    Pensemos em cada uma em separado:

a.    Uma mensagem que deve ser anunciada – A ênfase recai sobre “anunciada” – O texto diz que o evangelho do reino será “pregado". Ora, pregar implica em ser um arauto, oficiar como um arauto, proclamar como um arauto sempre com sugestão de formalismo, gravidade, e uma autoridade que deve ser escutada e obedecida. Pregar é publicar, proclamar abertamente algo que foi feito. (Recurso Strongs em A Bíblia Online)

b.    A mensagem é: o evangelho do reino – A mensagem a ser anunciada está bem definida no texto em questão e no Novo Testamento como um todo. A igreja tem que apregoar esta mensagem. Não cabe à igreja e nem aos mensageiros que ela envia escolher. A mensagem já está definida e não pode ser mudada.

c.    A geografia, a delimitação da área em que essa mensagem deve ser pregada, é determinada pelo próprio Cristo – E qual é essa área? O texto diz bem claro: Todo o mundo, a todas as gentes.

9.    Há uma mensagem que precisa ser anunciada; essa mensagem é o evangelho do reino; e essa mensagem, esse evangelho do reino deve ser anunciado a todas as gentes.

10. Os irmãos entenderam bem isto? Posso passar para o outro ponto da mensagem?

11. Então, vamos lá:

 

II. O texto nos leva a pensar que para uma tarefa de tamanha proporção e dificuldade, muita gente se faz necessária: toda a igreja.

 

1.    Anunciar a mensagem que é o evangelho do reino a todas as gentes é uma tarefa imensa e difícil.

2.    Porque é imensa? Ora, a razão é óbvia: São cerca de sete bilhões de "pares de ouvidos" espalhados em uma extensão de cerca de 510 milhões de km2. É certo que cerca de setenta por cento dessa extensão é composta por oceanos, mas os oceanos precisam ser transpostos para se chegar onde as pessoas estão, e, mesmo assim, sobram cerca de 150 milhões de km2 de terra firme.

3.    E, além da dificuldade da imensidão territorial, há outras dificuldades, talvez maiores:

a.    Há gente que mora na floresta – Só no Brasil são mais de 6.500.000 ribeirinhos (http://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_ribeirinhos) e quase 900.000 índios (http://www. suapesquisa.com/indios/)

b.    Há gente que mora nos desertos – Tomemos como exemplo apenas o deserto do Saara, o mais "conhecido": São mais de 9 milhões de quilômetros quadrados, abrange mais de dez países e abriga muitos povos, dentre eles os Tuaregues, com mais de 1 milhão de pessoas e os beduínos, com mais de 9 milhões. (Wikipedia)

c.    Há gente que mora em lugares inimaginavelmente carentes;

d.    Há gente que mora em locais inóspitos ao evangelho – Recentemente na fronteira de Mianmar "... um pastor e sua igreja de 170 cristãos tiveram de fugir para a cidade vizinha de Lasho para se refugiar. Uma fonte, cujo nome é preservado, disse: “O pastor não podia se comunicar conosco mais, nem eu podia entrar em contato com ele, mas um amigo do norte do estado de Shan me contou que está alugando um grande salão para que eles ocupem temporariamente. Ore para que eles tenham provisões suficientes.” (Site Portas Abertas)

 

Veja essa outra informação, no mesmo site, recente, atualizada em Janeiro de 2015, sobre a inospitalidade ao evangelho na Coréia do Norte:

 

Há 13 anos, a Coreia do Norte tem sido o lugar mais difícil do mundo para um cristão praticar sua fé; um recorde desde que a Classificação da Perseguição Religiosa foi criada, em 1994. Nenhum outro país ficou por tanto tempo ocupando a posição de maior destaque da lista. Considerada hoje a nação mais fechada do mundo por suas políticas de isolamento, a Coreia do Norte é um mundo à parte, onde servir a Deus custa um alto preço. Qualquer atividade religiosa é vista como uma forma de revolta contra os princípios socialistas do governo e contra o culto à personalidade do líder, Kim Jong-Un. Ser cristão na Coreia do Norte significa ser proibido de professar sua fé abertamente. Forçados a viver somente em segredo, os cristãos não ousam compartilhar sobre a sua fé nem mesmo com seus familiares, por medo de ser enviados a campos de trabalho forçado (onde estão presos cerca de 50 a 70 mil cristãos). Uma pessoa descoberta em atividade religiosa está sujeita a detenção, desaparecimento, tortura e até mesmo execução pública. No entanto, apesar das dificuldades enfrentadas, a Igreja continua perseverando e está crescendo: há cerca de 400 mil cristãos no país. “Através da fé, venceremos as dificuldades e o sofrimento. E, também, confortados pela fé, conseguiremos prosseguir”, diz um cristão norte-coreano.

 

e.    A barreira linguística é uma grande dificuldade – Você sabe quantas línguas são faladas no Brasil, fora o português? Segundo o IBGE, o censo de 2010 contabilizou 305 etnias indígenas no Brasil, que falam 274 línguas diferentes (wikipedia). E no mundo, você sabe quantas línguas diferentes são faladas? Existe alguma divergência de informações, mas sabe-se com certeza que são mais de 6.900 línguas. Foi só recentemente, em 2007, que nosso missionário Guenther Carlos Krieger, conseguiu concluir, depois de mais de 40 anos, a tradução do Novo Testamento para a língua xerente. Um dos índios deu o testemunho: "Enquanto eu lia a Bíblia só em português, nunca cheguei a ter uma noção maior do amor de Deus. Quando a gente lê em português, a gente lê por alto e quando a gente lê em nossa própria língua, a gente entende lá no fundo"

4.    De vez em quando acontece algo, alguma ajuda, que facilita muito o trabalho. Nossa JMN recebeu um presente... (Vídeo do barco do projeto Amazônia)

5.    Entretanto, em geral, a tarefa é imensa e difícil, e creio que é bastante claro que o envolvimento de toda a igreja se faz necessário.

a.    Todos podemos e devemos orar – pelos povos que serão evangelizados, pelas nossas juntas missionárias, pelas necessidades pessoais dos missionários,pela segurança dos missionários, pela família dos missionários (especialmente os filhos), para que aos missionários seja dada, no abrir de suas bocas, "a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho"...

b.    Todos podemos e devemos contribuir financeiramente – ninguém deve se abster de contribuir;

c.    Todos podemos e devemos dar bom testemunho e falar o evangelho onde estamos ou estivermos;

d.    E alguns podem ir a outros campos...

6.    Ditos isto, passemos a outro ponto:

 

III. O texto nos leva a pensar que para uma tarefa de tamanha proporção, além do envolvimento de toda a igreja se faz necessário o desenvolvimento de boas estratégias para alcançar as pessoas.

 

1.    Uma boa estratégia foi a criação das juntas missionárias.

2.    As juntas missionárias, por sua vez, em conjunto com os missionários sob sua administração, desenvolvem estratégias para alcançar as gentes que estão debaixo de sua “jurisdição”

3.    Pedir aos irmãos para citarem algumas estratégias que eles conhecem e que as juntas usam...

4.    Alguns exemplos da JMM:

 

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O POPE é um projeto de ensino, orientação e tratamento odontológico direcionado a crianças entre 5 e 12 anos, período em que estão trocando a dentição. Os missionários atendem as crianças no próprio local onde a missão ou a igreja se reúne. Através de dois fantoches – “Zé Escovinha” e “João Banguelinha” – o casal missionário Dr. Paulo e Tereza Pagaciov ensina as crianças a respeito do tratamento odontológico preventivo. Através do atendimento às crianças, o POPE cria também um vínculo com as suas famílias e, dessa forma, abre portas para a apresentação do Evangelho. Usando um consultório portátil, os missionários realizam limpezas, aplicações de flúor, pequenas restaurações e outros serviços odontológicos.

 


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O PEM é um programa que utiliza estratégias para mobilizar, selecionar e preparar novos obreiros para o uso do esporte como estratégia missionária.O PEM vem abrindo portas para a evangelização dos povos não somente da Ásia, mas de outras partes do mundo. A visão de utilizar o esporte na obra de missões tem sido uma grande jogada. Hoje o PEM está presente em países da Ásia, África, Europa e América Latina, coordenando o trabalho de diversos missionários que utilizam o esporte como uma de suas ferramentas missionárias.

 

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Implantado no Brasil pelos missionários britânicos Pr. Stuart e Georgina Christine, e expandido pelo mundo através de Missões Mundiais e da missionária Terezinha Aparecida de Lima Candieiro em 1991, o PEPE é um programa missionário, destinado a igrejas locais que desejam impactar comunidades carentes com o Evangelho a partir de um atendimento sócio-educacional e espiritual para crianças de 4 a 6 anos. É viabilizado através de uma parceria entre a Junta de Missões Mundiais da CBB, a Sociedade Missionária Batista Britânica e a Associação Batista de Incentivo e Apoio ao Homem – ABIAH. 

 

5.    E nossa JMN desenvolve diversas estratégias, como:

a.    Trans;

b.    Lares batistas F. Soren e Davi Gomes;

c.    Cristolândia;

d.    Projetos temáticos em parceria com outras instituições. Veja um resumo sobre o assunto extraído do site da JMN:

 

... atingimos, em maio de 2010, o total de 198 parceiros (incluindo universidades, escolas, órgãos de saúde, organizações sociais, empresas, profissionais autônomos e voluntários) e 329 projetos já implantados nas instituições sociais em diversas áreas temáticas:

·         Educação e Cultura: orientação escolar, reforço escolar, inglês, alfabetização, biblioteca, clube da poesia, redação e desenho, curso de Libras, grêmio estudantil;

·         Saúde e Nutrição: acompanhamento físico e nutricional, atendimentos e exames clínicos, saúde odontológica, higiene e cuidados pessoais, alimentação balanceada, reaproveitamento de alimentos, ciclo de palestras, promoção e prevenção da saúde, educação em saúde oral, atendimentos psicológicos;

·         Música e Teatro: coral, coreografia, teclado, violão, flauta, bateria, teoria musical, coral do silêncio (surdos e ouvintes), teatro;

·         Esporte, Lazer e Jogos Educativos: xadrez, pingue-pongue, futebol, futsal, vôlei, basquete, educação física...

·         Empreendedorismo: criação de bonecas, artesanato em telhas, pedras e mármore, tricô, crochê, vagonite, costura, caixas artesanais, decoupagem em tecidos, mosaico, bijuterias, bordado, pintura em tecidos, pedrarias em sandálias, curso de culinária, corte e costura, bolsas, marcenaria;

·         Meio-ambiente e Educação ambiental: reciclagem, horta, granja e pomar (cultivo de plantas, frutas, verduras e legumes), palestras ambientais; passeios e eventos ecológicos;

·         Cidadania: comemorações e eventos cívicos, cinema na escola;

·         Profissionalização: Programa jovem-aprendiz, programas de estágios, desenvolvimento de talentos, conserto e manutenção de computadores, inclusão digital e cursos profissionalizantes, culinária, estética e beleza;

·         Educação e Vida cristã: Capelania, evangelismo, discipulado, jardim da oração, devocionais, estudos bíblicos, louvor e adoração, gincanas bíblicas, crianças para Jesus;

·         Integração lar/escola/comunidade: atividades esportivas, bazar e feiras, estudos bíblicos e evangelização em escolas;

·         Treinamento e capacitação: Desenvolvimento das equipes nas competências essenciais;

·         Instalações físicas: Construção e reformas para adequação dos ambientes de acordo com as necessidades de cada projeto;

·         Desenvolvimento Sustentável: Integração e parceria com a comunidade, voluntariado;

 

e.    E por aí vai...

6.    Estratégias! Maneiras de ajudar os outros em outras áreas e também de evangelizar.

 

IV. Mas o texto nos leva a pensar também que para uma tarefa de tamanha proporção, uma tarefa que tem como objetivo a glória de Deus entre as nações e a salvação de almas, além, e muito mais do que do envolvimento de toda a igreja e do desenvolvimento de estratégias, precisamos de poder, e esse poder só o encontramos na pessoa de Jesus e no Espírito Santo.

 

1.    Veja Mateus 28.18-20; atos 1.8.

2.    É imprescindível, portanto, para a realização dessa tarefa, que estejamos ligados a Cristo – Veja João 15.1-5.

 

Conclusão

 

1.    “Todas as gentes”, é o alvo de Jesus, e portanto, o alvo da igreja.

2.    O que VOCÊ tem feito? O que você vai fazer?

3.    Encerrar cantando o hino 438 do Cantor Cristão.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

Muqui – Março de 2015