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domingo, 10 de abril de 2016

ALEGRIA NO SENHOR

ALEGRIA NO SENHOR

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 “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.” (Filipenses 4:4 RA)

 

     1.    Laren Spear, citado por Moysés Marinho de Oliveira em “Manancial de Ilustrações”, traz-nos a seguinte reflexão:

 

Num de seus livros, o renomado naturalista John Muir dedica um capítulo ao melro. Ele afirma que, de todos os pássaros das montanhas, nenhum o alegra tanto como este. Os melros, pássaros alegres e corajosos, procuram as mais frias áreas, onde regatos cristalinos e cascatas são encontrados. Mesmo no escuro, no inverno, seus gorjeios são ouvidos sem uma nota de tristeza. Muitos cristãos têm aprendido a viver nesse espírito. Nossa fé e nossa alegria são constantemente testadas em situações difíceis. Através de nossas palavras e dos nossos rostos revela-se a exata medida de nossa fortaleza espiritual.

 

2.    Será possível ao ser humano manter um espírito contínuo de alegria?

3.    Muitos diriam que não, citando até, para justificar sua resposta, um grande número de acontecimentos que acometem o ser humano no decorrer de sua vida, e que se constituem em interruptores da alegria.

4.    No entanto, Paulo, mais do que exorta, manda aos crentes filipenses (e a nós) que sejam alegres “sempre”.

5.    Como será isso possível?

6.    O segredo se encontra na expressão “no Senhor”.

7.    Só quem está no Senhor pode ter alegria contínua. E o próprio Paulo era um exemplo disso.

8.    Um homem chamado Braune, citado por Champlim no volume 5 de O N. T. Int. V. por V., comentando essa ordem de Paulo, disse:

 

Essa reiterada exortação se torna tanto mais notável quando nos lembramos que Paulo, ao escrever ou ditar esta epístola, estava com o braço direito acorrentado ao braço de um soldado romano, ou que, mesmo que assim não fosse, era prisioneiro sob a vigilância constante de uma sentinela que nunca o abandonava.

 

9.    E o próprio Paulo, comentando aos coríntios sobre seus sofrimentos, disse que em muitos momentos ele fora contristado, mas não perdera a alegria. E nem podia, pois essa alegria é um dos aspectos do fruto do Espírito que habita no crente (Gálatas 5:22).

10. Independentemente da circunstância, no Senhor o crente tem alegria.

11. Se ele é crente de fato e permanece de fato no Senhor, isto é, se ele está unido a Cristo e o tem como Senhor de sua vida e lhe é fiel, ele tem alegria incondicional.

12. O profeta Habacuque assim se expressou:

 

Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente. (Habacuque 3:17-19 RA)

 

13. Jesus, nas horas que precederam sua traição e crucificação, ofereceu a seus discípulos sua alegria e paz:

 

...mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. (João 14:26-27 RA)

 

Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo. (João 15:11 RA)

 

14. O que tem perturbado você e lhe arrebatado a alegria? Você tem passado por alguma circunstância que, parece, quer lançar-lhe para baixo de um jeito que tornará difícil manter a alegria?

15. Se sim, então ore! Coloque esse problema diante do Senhor com fé e sinceridade, mas não pense em perder a alegria.

16. Não deixe que sua alegria dependa das circunstâncias externas. Sua alegria deve ser “no Senhor”. Mantenha a sua fé em Deus. A verdadeira fé não pode ficar prostrada pelo confronto com a dureza da vida.

17. A única coisa que pode abalar sua alegria é uma vida cristã deficiente.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

prwalmir@hotmail.com

sábado, 25 de agosto de 2012

Estudos no Sermão do Monte - parte 3 - Bem Aventurados os que Choram


BEM AVENTURADOS OS QUE CHORAM
 
 
“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados”
(Mateus 5:4 RC)
Extraído/resumido/adaptado de “Estudos no Sermão do Monte” – Martyn Lloyde-Jones – Ed. Fiel / Outras fontes: A Felicidade Segundo Jesus (Russel Shedd); Últimas Palavras de Grandes Homens (Alexander Seibel – Site chamada.com.br)

01. Chegamos agora à segunda das bem-aventuranças proferidas por Jesus.
02. Essa bem-aventurança destaca-se de imediato por caracterizar o crente como alguém inteiramente diferente daquele que não é crente, daquele que pertence a este mundo. O mundo consideraria esta declaração – bem-aventurados os que choram – como inteiramente ridícula, pois uma das coisas que o mundo mais procura evitar é a necessidade de chorar. A organização da vida, em todos os seus aspectos, a mania pelos prazeres, a busca pelo dinheiro, a energia e o entusiasmo despendidos na tentativa de entreter as pessoas, são expressões desse alvo do mundo de evitar essa idéia da necessidade de chorar.
03. Não obstante, o que Jesus diz é que “felizes são os que choram”; estes é que são verdadeiramente felizes.
04. Fica evidente que temos aqui algo inteiramente espiritual em seu significado.
05. Jesus não disse que aqueles que choram por alguma tristeza, como a morte de um parente por exemplo, é que são felizes. O que está em pauta aqui é aquilo que se pode chamar de tristeza espiritualmente provocada. (Veja 2 Co. 7.9-10)
06. Conforme já vimos, tal atitude jamais será encontrada no mundo perdido, entretanto, verdade é que tal atitude já não se encontra mais muito evidente na igreja de hoje, e isso é grave. Temos que admitir com pesar que a igreja de hoje não se encontra tão em ordem como ela deveria estar, e talvez isso seja a causa de ela não estar exercendo um impacto maior sobre a vida das pessoas.
07. Qual a razão, ou quais as razões de isso não ser mais tão evidente na igreja?
08. Talvez sejam várias as causas, mas uma delas é, certamente, um defeituoso senso de pecado, uma incompreensão da seriedade do mesmo ou até uma indiferença quanto a essa seriedade.
a.    Se estamos por perto quando uma pessoa é atropelada e morre dessa forma trágica, quase morremos junto.
b.    Mas todos os dias convivemos com pessoas que estão mortas em seus pecados, que estarão condenadas a viver eternamente no inferno caso não se arrependam, e não derramamos uma lágrima por elas, não as ajudamos e às vezes com as nossas atitudes até as empurramos para mais dentro do inferno.
c.    Deveríamos pensar mais nisso; deveríamos olhar para as pessoas ainda inconversas e pensar nelas sendo precipitadas no lago de fogo e enxofre e ali permanecendo, vivas, em sofrimento, por toda a eternidade. Talvez assim agonizássemos em oração por elas.
09. Mas se estamos ignorantes ou indiferentes quanto à seriedade do pecado, não nos preocuparemos em nos afastar para bem longe dele, em aborrecer até a roupa manchada por ele, e, conseqüentemente não daremos um bom testemunho.
10. Também, se estamos ignorantes ou indiferentes quanto à seriedade do pecado, não nos preocuparemos e não nos empenharemos muito em evangelizar os perdidos, em lutar pela conversão sincera deles.
11. A igreja precisa reaprender o valor de agonizar, o valor das lágrimas.
12. A igreja precisa de mais lágrimas.
13. Mas que lágrimas são essas? O que significa esse chorar? O que Jesus quis dizer com essa bem-aventurança?
14. Penso que talvez duas coisas sejam as principais. Façamos então essas duas considerações.

A primeira consideração é que esse “choro” resulta do fato de ser alguém “humilde de espírito”.
 
15. O lamento é uma expressão que toma conta da verdadeira humildade de espírito.
16. Recordemos alguma coisa que vimos no Domingo passado sobre ser humilde de espírito:
 
ser humilde de espírito é reconhecer que diante de Deus nada somos, é reconhecer, como disse Dietrich Bonhoefer, a nossa falência espiritual, é reconhecer o quão nulo nós somos diante de Deus, o quão pobres, o quão miseráveis somos, reconhecer a nossa inteira dependência da misericórdia e da graça de Deus. Não há nada em nós, e nem temos nada, absolutamente nada, nenhum de nós, que possamos oferecer a Deus para nos fazer merecer um mínimo sequer de Sua atenção, quanto mais as insondáveis bênçãos com as quais Ele nos abençoa – Tudo o que Deus nos dá, tudo o que Ele faz por nós e até tudo o que Ele recebe de nós, é inteiramente por causa de Sua graça, Seu amor Sua misericórdia. Reconhecer e sentir isso sinceramente é que é ser humilde de espírito
 
17. Irmãos, em nós mesmos, diante de Deus, nada somos. E quando contemplamos, de verdade, a Deus e a Sua santidade, e em seguida contemplamos a vida que se espera que nós vivamos como servos desse Deus, só nos resta chorar.
a.    Somos, em nós mesmos, incapazes de viver tal vida.
b.    Somos pecadores!
c.    Li há algum tempo um livrinho onde o autor em certa parte nos chama a atenção para uma verdade: Nós não somos pecadores porque pecamos; nós pecamos porque somos pecadores.
18. Ser pecador é nossa condição, faz parte da nossa natureza.
19. Quando nos tornamos humildes de espírito, reconhecemos isso, e só nos resta chorar, lamentar, porque, enquanto aqui, essa condição não irá mudar. Mesmo que nos fosse possível alcançar uma graça tal que nunca mais cometêssemos um “pecadinho” sequer, ainda assim seríamos pecadores.
20. Pensando bem, então, esse choro é, dentre outras coisas, por causa da nossa condição de pecadores, condição essa que sempre nos leva a cometer de novo, e de novo, e de novo erros diante de Deus e dos homens. Mas não é pura e simplesmente por causa dessa condição; essa condição só me incomoda porque agora eu sou uma nova criatura; antes eu era indiferente a isso, mas agora não...

A segunda consideração é que esse choro, o choro do verdadeiro crente, é por causa da condição em que estão aqueles pecadores que ainda não se renderam a Jesus e a condição do mundo por causa de muitos desses ainda não redimidos.
 
21. Todos somos pecadores.
22. Mas existe uma diferença entre uns e outros.
a.    Uns são pecadores redimidos e outros ainda não;
b.    uns são pecadores salvos pela maravilhosa graça de Jesus e outros ainda estão perdidos, sujeitos a uma eternidade em sofrimento infernal.
23. O crente não pode ser indiferente a isso; seus olhos não podem continuar enxutos ao contemplar a situação espiritual miserável em que bilhões estão vivendo. E seus olhos não podem continuar enxutos diante da condição de miséria em todos os sentidos que se tem abatido sobre muitas pessoas e muitos lugares por causa do pecado em si e por causa de muitos desses que ainda não se renderam a Cristo.
24. Comentar João 11. 35 – Qual o motivo de choro de Jesus? Creio que um deles é por causa do que o pecado fez com as pessoas.
25. Veja Mateus 23.37 – Jesus podia simplesmente virar as costas para Jerusalém e lavar as suas mãos. Profetas estiveram ali, o próprio Jesus desenvolveu ministério entre eles... mas Jesus lamentou a situação...
26. Veja Apocalipse 7.9-17 – Que beleza, não? Agora veja Apocalipse 20.15.
27. A igreja precisa de mais lágrimas. A igreja precisa ser mais dedicada na evangelização. A igreja não pode ficar ensimesmada, precisa voltar os olhos para o mundo.
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28. Tendo considerado as lágrimas, a razão das mesmas, passemos agora a considerar o consolo, porque Jesus não apenas disse “bem aventurados os que choram”; ele disse também “porque serão consolados”
29. Bem, já que pensamos apenas em duas coisas principais ao tratarmos do choro – o fato de sermos pecadores e pelos pecadores ainda não redimidos e a situação do mundo devido a isso – vamos pensar no consolo divino tendo em vista essas duas coisas principais.
 
30. QUANTO À PRIMEIRA, podemos fazer um contraste entre duas histórias contadas por Jesus, a história do rico e Lázaro que está em Lucas 16.19 ss., enfatizando a situação do rico, e a história do filho pródigo, que está em Lucas 15.11 ss.
31. O homem que realmente chora por causa de seu estado e condição pecaminosos é o homem que haverá de arrepender-se, e o homem que se arrepende verdadeiramente, como obra do Espírito Santo, é o homem que será conduzido aos pés de Jesus e redimido. Esse homem continuará pecador, ainda que não vivendo na prática do pecado, e continuará lamentando o fato de ser um pecador, mas o consolo de Deus estará sempre presente no seu coração, porque ele sabe que foi redimido por Cristo, ele sabe que há uma glória vindoura, ele sabe que raiará um dia em que Cristo retornará, banirá o pecado para sempre e haverá “novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça”.
32. Por outro lado, que esperança, que consolo pode ter o homem que não acredita nessas realidades? Que consolo ele terá quando todas as demais fontes de consolo temporário se dissiparem?
33. Alexander Seibel escreveu sobre “Últimas Palavras de Grandes Homens”. Veja a atitude alguns grandes, incrédulos e até ateus, em seu derradeiro momento, quando se lhes dissiparam todas as fontes de consolo temporário, nas palavras de Seibel:
a.    VOLTAIRE, o famoso zombador, teve um fim terrível. Sua enfermeira disse: “Por todo o dinheiro da Europa, não quero mais ver um incrédulo morrer!” Durante toda a noite ele gritou por perdão.
b.    DAVID HUME, o ateu, gritou: “Estou nas chamas!” Seu desespero foi uma cena terrível.
c.    De NAPOLEÃO escreveu seu médico particular: “O imperador morre solitário e abandonado. Sua luta de morte é terrível.”
d.    CESARE BORGIA, um estadista: “Tomei providências para tudo no decorrer de minha vida, somente não para a morte e agora tenho que morrer completamente despreparado.”
e.    TALLEYRAND: “Sofro os tormentos dos perdidos.”
f.      CARLOS IX (França): “Estou perdido, reconheço-o claramente.”
g.    MAZARINO: “Alma, que será de ti?”
h.    HOBBES, um filósofo inglês: “Estou diante de um terrível salto nas trevas.”
i.      SIR THOMAS SCOTT, o antigo presidente da Câmara Alta inglesa: “Até este momento, pensei que não havia nem Deus, nem inferno. Agora sei e sinto que ambos existem e estou entregue à destruição pelo justo juízo do Todo-Poderoso.”
j.      GOETHE: “Mais luz!”
k.    NIETZSCHE: “Se realmente existe um Deus vivo, sou o mais miserável dos homens.”
l.      LÊNIN morreu em confusão mental. Ele pediu pelo perdão dos seus pecados a mesas e cadeiras.
m.   CHURCHILL: “Que tolo fui!”
n.    YAGODA, chefe da polícia secreta russa: “Deve existir um Deus. Ele me castiga pelos meus pecados.”
34. Agora vejamos só mais um exemplo, para contrastarmos com os acima. É o exemplo de Estevão, e se encontra em Atos 6.7-60.
35. Mesmo neste mundo, embora gemendo, o crente é feliz, por causa da esperança que rebrilha no seu horizonte. Ele tem esperança final na eternidade. Na eternidade seremos total e inteiramente bem-aventurados, nada havendo que possa “estragar” a nossa vida. Tristeza e suspiros não mais existirão; todas as lágrimas serão enxutas; haverá só regozijo.
 
36. QUANTO À SEGUNDA, o choro por causa da condição daqueles que ainda não se renderam a Jesus, o choro pelos desviados e pecadores endurecidos,
a.    somos consolados por sabermos que Jesus se preocupa, muito mais do que nós, com eles.
b.    E seremos consolados quando, por termos sido fiéis na obra que o Senhor deixou para nós, vermos o fruto do nosso trabalho, vermos muitas dessas pessoas se rendendo a Cristo.
c.    Seremos consolados quando ao chegarmos na glória encontrarmos uma multidão inumerável de pessoas que foram salvas por Jesus, e talvez até algumas que não imaginávamos, para surpresa e alegria nossa.
d.    E também somos consolados de uma maneira que às vezes nem compreendemos. A paz de Deus que inunda o nosso coração é tão grande que excede toda a capacidade de compreensão humana.
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“Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles, porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda lágrima.”
 (Apocalipse 7:16-17 RC)

“E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. E disse-me mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.  Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.” (Apocalipse 21:1-7 RC)