É PRECISO VIVER A VERDADE PARA ENTENDÊ-LA
1. Nas duas últimas quintas feiras vimos sobre a Palavra de Deus.
2. Citamos George Mueller que disse, basicamente, que o vigor de nossa vida cristã está na proporção exata que a Palavra de Deus ocupa em nossas vidas;
3. Vimos Moody afirmando que crescemos na fé na medida em que estudamos a Palavra de Deus;
4. Vimos Davi se expressando sobre, dentre outras coisas, a perfeição, a fidelidade, a retidão, a pureza e a preciosidade da Palavra de Deus;
5. E vimos também que podemos confiar 100% na Palavra de Deus e que devemos meditar nela todos os dias porque, dentre outras coisas, ela nos diz como ser libertos do pecado e nos a distinguir entre o ensino verdadeiro e o falso.
6. Hoje, ainda sobre a Palavra de Deus, usando Tozer como fonte, quero pensar com os irmãos que “É PRECISO VIVER A VERDADE PARA ENTENDÊ-LA”.
7. Antes de prosseguir, leiamos João 8.32 e Mateus 7.21-27.
8. Assim escreveu Tozer, no passado:
... É preciso viver a verdade para entendê-la... a doutrina bíblica será totalmente ineficaz enquanto não for digerida e assimilada pela vida total. Esta verdade é de tremenda importância para todos nós. A essência dessa convicção é que existe uma diferença, uma imensa diferença entre fato e verdade. Nas Escrituras, verdade é mais que um fato. Um fato pode ser algo isolado, impessoal, frio e totalmente dissociado da vida. Por outro lado, a verdade é cálida, vívida, espiritual. Um fato teológico pode ser mantido na mente durante uma vida inteira sem produzir nenhum efeito positivo no caráter moral; mas a verdade é criadora, salvadora, transformadora, e sempre muda aquele que a recebe num homem mais humilde e mais santo. Pensando assim, então, em que ponto um fato teológico se torna uma verdade vivificante para aquele que o sustenta? A resposta é: No ponto em que a obediência começa. Quando a fé consegue o consentimento da vontade para uma entrega irrevogável a Cristo como Senhor, a verdade começa sua obra salvadora e iluminadora. Somente nesse ponto, e nem um segundo antes. / Em seu conflito com os religiosos de seus dias, o nosso Senhor muitas vezes proferia breves declarações que servem como chaves para abrir imensos e preciosos depósitos de verdade. Uma delas acha-se em João 7:17: “Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina, conhecerá se ela é de Deus ou se eu falo de mim mesmo.” Segundo A. T. Robertson a palavra “conhecerá”, neste texto, indica conhecimento experimental resultante da pronta disposição para fazer a vontade de Deus. Se quisermos conhecer o verdadeiro significado interior dos ensinamentos bíblicos, precisamos estar prontos a obedecer. Os fatos teológicos são como o altar de Elias no Carmelo antes de vir o fogo: correto, erigido adequadamente, mas totalmente frio. / Quando o homem se rende para não apenas conhecer, mas praticar o que a Bíblia diz, então “cai o fogo” e os fatos reais se transmutam em verdade espiritual que transforma, ilumina e santifica. A verdade por si só não nos pode ajudar enquanto não nos tornamos participantes dela. Só possuímos o que conhecemos por experiência. Gregório, que viveu no século catorze, ensinava que o entendimento e a participação são inseparáveis na vida espiritual: “Quem procura entender mandamentos sem obedecer a mandamentos, e procura adquirir esse entendimento pelo estudo e pela leitura (apenas), é como alguém que toma sombra pela realidade. O verdadeiro entendimento da verdade é dado aos que dela se tornam participantes, que a provaram pelo viver...”
9. Jesus certa vez disse (Já lemos esse texto) que o conhecimento da verdade traz libertação: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8.32).
10. Mas foi Jesus também quem disse que o homem que ouve (toma, portanto, conhecimento) mas não pratica a sua palavra, parece que está firme, mas não está; cairá quando vier a provação porque não foi de fato liberto. E se não foi liberto de fato, é porque não a conheceu de verdade. Tomou conhecimento do que ela diz, mas não a conheceu no real sentido do termo. Só conhece verdadeiramente a Palavra de Deus, a verdade, aquele que a pratica. É preciso viver a verdade para realmente entendê-la.
11. Diante disso, pergunte-se: Quem sou eu?
a. Sou alguém que conheço a verdade de Deus revelada em Sua Palavra porque vivo os seus preceitos,
b. ou sou alguém que apenas tem na mente alguma informação “sobre a” e “da” Palavra, mas não a conheço de verdade porque não vivo o que ela diz?
12. Dar uma resposta sincera a esta pergunta, uma resposta refletida, será algo muito importante. Quem sabe não chegaremos a uma constatação que poderá servir de base para uma mudança radical em nossas vidas?
Pr. Walmir Vigo Gonçalves
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