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sábado, 18 de maio de 2019

Equilíbrio financeiro na família

EQUILÍBRIO FINANCEIRO NA FAMÍLIA

 

1)   Nosso assunto hoje é equilíbrio financeiro na família.

2)   Claro que não vou dar uma aula de economia, mas apenas evidenciar algumas coisas e dar algumas dicas práticas que podem, se houver interesse, trazer despertamento para uma busca pessoal e familiar de um melhor controle na família, obviamente por parte daqueles que ainda não exercitam esse controle.

3)   De vez em quando é bom a gente pensar em assuntos como esse, que envolvem as nossas finanças. Ainda que não seja o caso de todas, muitas famílias têm enfrentado o caos financeiro por causa de não usar adequadamente o dinheiro, e, algumas, por causa de irresponsabilidade mesmo no uso do dinheiro. Além disso, também influencia negativamente, a cobiça, a ganância, a falta de alvos definidos e a falta de uma visão correta de Deus como Aquele que sustenta e provê todas as coisas... dentre outros.

4)   Abordaremos apenas três questões:

a)   A quem pertence o dinheiro que chamo de “meu dinheiro”?

b)   Como ganhamos o dinheiro?

c)   Como gastamos o dinheiro?

5)   Vamos então à primeira questão:

 

I. A quem pertence o dinheiro que chamo de “meu dinheiro”?

 

1)   Leia 1 Crônicas 29.10-29

2)   A quem pertence “seu” dinheiro?

3)   A uma pergunta dessas alguém poderia responder: “Ora, o meu dinheiro, como a própria frase em forma de pergunta sugere, pertence a “mim”; é o “meu” dinheiro.

4)   Bem, está certo; mas ao mesmo tempo está errado.

5)   Está certo porque o “seu” dinheiro é “seu” e não “meu”, e o “meu” é “meu” e não “seu”.

6)   Mas também está errado, porque tudo o que temos vem de Deus, e na verdade, a Ele pertence. Não é o que lemos em 1 Crônicas 29? Veja de novo os versos 11-14.

7)   Então, perguntando de novo, a quem pertence o dinheiro que você chama de seu? Bem, se você crê em Deus e crê na Bíblia, a Palavra de Deus, então terá que admitir que o “seu” dinheiro não é tão seu como você imagina. Cabe a você administrá-lo bem, mas ele não é “seu” e “somente seu”.

 

8)   Reconhecer essa verdade é o primeiro passo para o bem-estar, ou o equilíbrio financeiro na família – numa família que teme a Deus, obviamente.

 

9)   Ao receber o seu salário ou algum dinheiro, então lembre-se disso: é dinheiro de Deus que Ele confiou a mim para administrar visando o bem-estar e o sustento da minha família e não gastar de qualquer forma e irresponsavelmente.

10) Quando escrevia isso me lembrei de um acontecimento, real, que alguém compartilhou comigo, em que uma mãe que caminhava para algum lugar com a filhinha e mais uma outra pessoa. Essa mãe, em dado momento, parou, entrou num estabelecimento comercial e saiu de lá com um maço de cigarros. Nesse momento a filhinha perguntou se ela havia comprado uma balinha pra ela, e ela, com rispidez, respondeu dizendo não ter dinheiro para ficar comprando bala para ela. Dinheiro para uma balinha não havia, mas para cigarros sim. Uma tremenda de uma irresponsabilidade na administração do que Deus concedeu, certamente por não reconhecer, talvez nunca ter pensado, que o que temos é, na verdade, de Deus.

11) Bem, poderia não ser cigarros, poderia ser alguma outra coisa, até algo que não é mau em si e por si mesmo, porém não necessário. Se não há dinheiro para as outras coisas básicas, então não há também para as que não são necessárias. Se houver dinheiro suficiente para tudo, então maravilha, mas se não...

12) Então, você que teme a Deus, lembre-se disso ao receber o seu salário ou algum dinheiro: é dinheiro de Deus que Ele lhe concedeu para administrar visando o bem-estar e o sustento da sua família e não para gastar de qualquer forma e irresponsavelmente. E, também, não se esqueça de ofertar para a obra de Deus.

13) Esse é o primeiro passo para o equilíbrio financeiro na família: o dinheiro que você chama de seu é dinheiro de Deus que Ele lhe deu para administrar.

14) Vamos à segunda questão:

 

II. Como ganhamos o dinheiro?

 

1)    Quando falamos que temos que reconhecer que tudo o que temos pertence a Deus, como Davi o fez, não significa que não tenhamos que trabalhar e ganhar o nosso dinheiro. Deus vai nos abençoar através do nosso trabalho. Paulo, escrevendo aos Tessalonicenses, disse: “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.  Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes, fazendo coisas vãs.  A esses tais, porém, mandamos e exortamos, por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão.” (2 Ts 3:10-12 RC)

2)    Há muitas formas de se ganhar dinheiro, e muitas dessas formas não são “dignas da vocação com que fostes chamados”, e a Palavra de Deus, você pode conferir em Efésios 4.1, nos manda andar como é digno da vocação com que fomos chamados, isto é, andar como é digno de quem foi chamado para “ir após” Jesus.

3)    Então, por exemplo:

a)    Aquele que furtava, não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. (E. 4.28)

b)    Aquele que lucrava com a corrupção, recebendo dinheiro ou bens indevidamente, seja trabalhador do setor público ou do setor privado, não lucre mais dessa forma. Aos publicanos que perguntaram a João Batista o que deveriam fazer ele respondeu: “Não peçais mais do que vos está ordenado”; e aos soldados: a ninguém defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo” (Lucas 3)

c)    Crente não deve buscar ganhar dinheiro montando barraca para venda de bebidas alcoólicas no carnaval, festa da cerveja ou em outra ocasião qualquer...

d)    Crente não deve buscar ganhar dinheiro trazendo anátema para dentro de sua casa... Eu tenho muito medo dos jogos de azar... das loterias... no mínimo, pelo menos para mim, eu não tenho muita convicção, muita fé, portanto, de que seja algo conveniente ao crente, e aquilo que não procede da fé é pecado.

4)    Como ganhamos dinheiro? Se somos tementes a Deus, o ganhamos através de nosso trabalho/esforço digno.

 

5)    Então, equilíbrio financeiro não é só ter bastante dinheiro, é ter dinheiro abençoado por Deus. E o nosso dinheiro é abençoado por Deus quando reconhecemos que tudo vem dele e quando o ganhamos de forma correta, digna.

 

6)    E agora, em terceiro lugar:

 

III. Como gastamos o dinheiro?

 

1)   Não se deve esquecer daquele de quem vem todas as coisas – Provérbios 3.9-10

2)   Mas também não se deve esquecer de que nossos familiares não podem ficar desamparados – Jesus certa vez acusou os fariseus de invalidarem o mandamento de Deus. Veja: “E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição. Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe e: Quem maldisser ou o pai ou a mãe deve ser punido com a morte. Porém vós dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor, nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe, invalidando, assim, a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes” Mateus 7.9-13.

3)   Às vezes é preciso cortar gastos desnecessários para equilibrar as finanças. E mesmo que as finanças estejam equilibradas, gastos desnecessários devem ser cortados. Por exemplo:

a)   Perdoem-me citar um exemplo meu recente: cortei a TV e estou reduzindo os planos de telefonia. Depois que eu concluir um investimento que tive que fazer por conta da tv, será uma economia de R$780,00 no ano, da tv, e mais R$720,00 dos telefones. Um total de R$1.500,00 no ano que eu estava literalmente dando para a Oi e a Vivo, porque lá em casa só estavam vendo Netflix, Youtube e a tv aberta que não precisa pagar. E no caso do telefone, os planos meus e de Ester que eram 60,00 cada, já troquei o meu e estou trocando o dela para um plano de R$20,00 cada, e sabe qual a única coisa que muda? A redução dos dados móveis para navegação na internet; tínhamos 3,5 GB cada e agora serão 2GB (e não usamos nem os dois).

b)   Na igreja também reduzimos alguns gastos desnecessários – o telefone foi um deles, recente...

 

E ainda sobre essa questão, cuidado, especialmente, com os pequenos gastos. Como dizia, e ainda diz, um amigo meu, “não são os elefantes que saem levando grandes coisas que quebram a empresa e sim os beija-flores, porque os elefantes não passam despercebidos e são contidos, já os beija-flores não – eles passam despercebidos e de pouco a pouco levam muita coisa”. Experimente anotar o que você gasta e com o que gasta... pode ser que você tenha uma surpresa.

 

4)   Economize – evite desperdícios (água, energia, alimento...)

5)   Cuidado com os empréstimos – não se deixe enganar – seria bem melhor Solange ter negociado sua dívida direto com o mercado

6)   Cuidado com compras a longo prazo e especialmente se as prestações forem altas, e mais especialmente ainda se forem feitas em cartão de crédito  . Se você ficar desempregado os direitos que você vai receber serão suficientes para honrar seus compromissos?

7)   Não trabalhar com dinheiro, e sim com orçamento ajuda bastante.

a)   Comece anotando numa folha qual é a renda mensal familiar

b)   Depois identifique e anote os gastos mensais – aqueles que você tem que fazer todo mês. Exemplo:

i)     Dízimo/ofertas

ii)   Mercado

iii)  Água

iv)  Energia

v)   Telefone

c)   Depois identifique os gastos que não são mensais mas que vão chegar. Para provisionar, um pouquinho por mês, pra não ter dificuldade depois. Exemplo:

i)     IPTU

ii)   Se você tem carro: manutenção, IPVA...

iii)  Roupas

iv)  Os presentes pras crianças

d)   Você também pode prever, para fazer uma pequena provisão, gastos que não necessariamente vão acontecer, mas podem acontecer. Exemplo:

i)     Remédios

ii)   Um utensílio doméstico indispensável que estragou...

e)   E se der, um fundo de reserva sempre é bom, pra emergências, pra se divertir com a família no final do ano

 

Bem, é só uma ideia de orçamento familiar, e à medida que você vai identificando itens, você os vai incluindo no orçamento.

 

Você pode achar tudo isso muito difícil e uma tremenda bobagem. Eu também achava. Mas, desde que comecei a agir assim, há vários anos, muita coisa mudou pra melhor, e não consigo mais trabalhar de outra forma. Hoje, quando lá em casa temos de comprar alguma coisa, olhamos o orçamento – se tem dinheiro reservado, compra; se não tem no total, mas a reserva mensal a que conseguimos chegar dá pra pagar a prestação, compramos e dividimos; e se não tem de forma alguma, deixamos pra depois.

 

Além disso um orçamento nos ajuda a diminuir despesas. Se você orçou certa quantia para alimentação no mês, por exemplo, e alguns dias antes o que estava orçado já foi todo gasto, você vai saber, porque está anotado; e então você sabe que aquela “pizza” que você estava pensando em pedir vai ter que esperar mais alguns dias, até receber o salário e recompor o orçamento.

                                       

Conclusão

 

1)   Então,

a)   Reconheça que o dinheiro que você chama de “seu” é dinheiro de Deus. É seu, porque Deus te Deus, mas é dom de Deus para abençoar a sua vida e a sua família.

b)   Busque ganhar dinheiro de forma digna, honesta, honrando assim ao Senhor que o salvou, por você andar como é digno da vocação com que Ele o chamou. É melhor pouco sob a bênção de Deus do que muito sem essa bênção.

c)   Gaste com responsabilidade; estabeleça prioridades; não deixe que suas finanças “escoem pelo ralo”; tome cuidado com pequenos gastos; tome cuidado com dívidas; faça previsões e provisões... Isso honra a Deus.

2)   E, terminando, tendo feito tudo isso, conforme aprendemos com Jesus em Mateus 6, “não fiquem inquietos ou preocupados... ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas”

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

PIB Muqui – 19 de Maio de 2019

 

Fonte de consulta: estudo 16 da revista de adultos da Editora Cristã Evangélica sobre família.

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