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quinta-feira, 7 de abril de 2016

O CALVÁRIO

O CALVÁRIO

 

Ø  Inicialmente leiamos Lucas 23.24-48

 

Ø  Vejamos agora a seguinte história:

 

Conta-se a história de uma águia gigantesca, nas montanhas da Escócia. Certo dia baixou ela a um quintal onde se achava uma criancinha num berço. Tomou o pequenino infante e subiu, subiu, subiu, até que, afinal, depositou o pobrezinho à borda de um rochedo. A mãe estava como louca. Toda a vila ficou horrorizada. E dirigiram-se para o pé do rochedo, discutindo ali uma maneira de poder alcançar a criança. Um musculoso marinheiro declarou: "Hei de apanhá-la." E pôs-se a subir pelo rochedo. Mal começou, porém, teve de voltar. Então um rústico montanhês, acostumado a subir às montanhas, disse: "Eu a trarei”. E subiu, subiu, mas eis que não pôde avançar mais, e tornou para baixo. Aproximou-se uma camponesa que, vencendo toda resistência dos que a procuravam deter, empreendeu a grande ascensão, subiu, subiu, mais, mais, até que chegou afinal ao pé da criança, descendo então pouco a pouco, chegando a salvo. Oh! Por que seria que o marinheiro e o montanhês não haviam sido capazes de alcançar a criança, ao passo que uma simples camponesa pôde fazê-lo? Ah! É que aquela mulher era a mãe do pequenino!”

           

Ø  Agora veja Isaías 49.6-15. O Senhor nos ama mais que uma mãe ama a seu filhinho a quem amamenta. A prova disso a temos no fato de ele haver deixado sua glória, descido até nós, e ido ao Calvário.

 

Ø  O que foi o calvário? Vejamos, tomando como base Lucas 23.24-48:

 

1.    O Calvário foi o lugar da execução – Veja o versículo 32. O Senhor foi pendurado entre dois malfeitores, como se fosse o maior deles. Levou sobre si o pecado de todos os homens.

2.    O Calvário foi o lugar da maior desonra e vergonha – Veja os versículos 35-37

3.    O Calvário foi o lugar da compaixão – Veja o versículo 34. O Senhor suplicou por perdão a favor de seus inimigos.

4.    O Calvário foi o lugar do testemunho – Veja o versículo 38.

5.    O Calvário foi o lugar de milagres singulares – Veja os versículos 44 e 45.

6.    O Calvário foi o lugar da morte, mas também da vitória – Veja o versículo 46 e também Colossenses 2.14 e 15.

7.    O Calvário foi o lugar da salvação – Veja os versículos 40-43.

 

Ø  Concluo com a seguinte história:

           

O garoto estava preso entre as engrenagens da ponte levadiça e um transatlântico carregando centenas de passageiros estava se aproximando rapidamente. O pai do menino, o operador da ponte, não tinha se dado conta do desaparecimento de seu filho até este momento. Em pânico saiu à procura de seu filho, somente o achando inconsciente entre duas alavancas que levantam a ponte para dar passagem aos navios. Ele caiu enquanto brincava. O pai agora estava com medo diante das alternativas que tinha à sua frente. O transatlântico, que não parava de se aproximar, com centenas de vidas a bordo, com o choque iria matar a todos se a ponte não fosse elevada; E seu filho, caído na caixa de engrenagem, seria instantaneamente esmagado se o botão que aciona a ponte fosse ligado. Com toda sua força ele tentou baixar seu braço para retirar a criança rapidamente dali para um lugar seguro. O tempo estava se esgotando. Ele simplesmente não conseguia alcançar o garoto. Lágrimas desciam incessantemente do rosto do homem, juntamente com o pressentimento de que ninguém iria socorrê-los; e a mágoa o tomava por completo. Ele fez uma última tentativa. Mas de nada adiantou. A única coisa que o pai ouvia eram as vozes e as altas gargalhadas das pessoas que se divertiam no transatlântico que se aproximava cada vez mais. A aterrorizante decisão tem de ser tomada imediatamente. Irá seu amado filho viver? Ou irão aqueles farristas desconhecidos viver? Com apenas segundos para a decisão final ele sabe que seja ela qual for, terá de viver com isto o resto de sua vida. Lágrimas de lamento transbordam nos olhos deste pai que agora via todas aqueles pessoas desconhecidas passarem abaixo dele. Elas estavam rindo como se nada tivesse acontecido, completamente sem saber que o solitário homem acima delas tinha poupado suas vidas pelo sacrifício da vida de seu próprio filho. Elas nunca se deram conta do amor que lhes foi mostrado naquele dia.”

 

 

"... Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho...” (João 3:16).

 

 

Esboço de Georg Brinke, em “Mil Esboços Bíblicos”,

e ilustrações extraídas do site www.brgospel.com.br

 

prwalmir@hotmail.com

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Evangelização: Motivação, Público e Desafio.

Evangelização: Motivação, Público e Desafio.

           

01. Quando "olhamos" para o mundo, o que vemos? O que você vê?

02. Jesus quando olhava para o mundo ele via multidões de pessoas que eram quais ovelhas desgarradas, andando errantes por não terem pastor, pessoas perdidas que precisavam ser achadas. Leia sobre isso lá em Mateus 9.35-38 – Esse será o nosso texto base.

03. Jesus via, portanto, oportunidade, e, mais que oportunidade, necessidade de evangelização.

04. E ele, então, dentre outras coisas, evangelizava, movido pela compaixão que tinha no coração por aquelas pessoas.

05. Temos "olhado" para o mundo?

06. E se temos olhado, o que temos visto, e o que temos feito?

07. Hoje, já que estamos em campanha de Missões, vamos pensar sobre evangelização; mais precisamente, "Evangelização: motivação, público e desafio".

08. Primeiramente pensemos sobre motivação.

 

I. Motivação

 

01. A palavra motivação pode ser definida de forma simples como sendo a relação de motivos ou causas que nos levam a agir, ou nos mover em direção a algo.

02. O dicionário Michaelis traz uma definição bem interessante:

 

"Espécie de energia psicológica ou tensão que põe em movimento o organismo humano, determinando um dado comportamento".

 

03. Em 2ª Timóteo 1:3-6 encontramos Paulo escrevendo a Timóteo:

 

"3  Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, porque sem cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia; 4  desejando muito ver-te, lembrando-me das tuas lágrimas, para me encher de gozo; 5  trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também [habita] em ti. 6 Por este motivo, te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos." (2 Timóteo 1:3-6 RC)

 

04. Atentem para o versículo 6.

05. Podemos pensar em duas coisas aqui:

a.    Timóteo deveria manter desperto, aceso o dom de Deus que existia nele; deveria viver plenamente o ministério e o poder que lhe haviam sido conferidos, MOTIVADO pelo fato de que ele tinha uma fé verdadeira, não fingida, e que ele tinha uma boa e poderosa herança cristã.

b.    Paulo, pelo mesmo fato, se sentia MOTIVADO a aconselhar Timóteo a manter aceso o dom que recebera e a viver plenamente o ministério e o poder que lhe haviam sido conferidos.

06. No que concerne à evangelização, o que é que nos move em direção à mesma, o que é que nos motiva a continuar batalhando nela? (Ou talvez devêssemos perguntar: o que é que está faltando para nos sentirmos motivados a trabalhar com mais afinco na evangelização?)

07. Talvez pudéssemos alistar uma série de coisas que nos servem de motivação para a evangelização; mas existe um algo que, se presente em nossos corações, certamente se constituirá em um dos maiores agentes motivadores: a compaixão.

08. A compaixão era uma das coisas que motivava Jesus – Veja o versículo 36 de nosso texto base (e existem ainda vários outros textos nos evangelhos que mostram Jesus agindo em favor das pessoas motivado pela compaixão).

09. Ouvi certa vez de um colega pastor que a nossa denominação é uma denominação que faz missões. Concordo com ele, ainda que não deixando de pensar que ainda estamos bem aquém de onde poderíamos estar.

10. Mas fico a pensar: por qual motivo fazemos missões, dessa forma como ele pensou?

11. "Ora, pastor" – alguém poderá dizer – "fazemos missões porque amamos as almas perdidas".

12. Será que amamos mesmo?

13. Será que sentimos compaixão pelas almas que estão perdidas, sujeitas a, a qualquer momento, serem precipitadas no lugar de sofrimento, estado em que permanecerão para todo o sempre?

14. Acredito que sim. Mas acredito também que, apesar de "sim", ainda somos "defeituosos" nessa questão (eu sou defeituoso). Sabe porque? É porque não evangelizamos (e não estou falando só de nós aqui em Muqui, mas "nós" batistas em quase que todo lugar onde estamos) aqui da mesma maneira, com o mesmo vigor com que "pagamos" para que alguém evangelize onde não podemos ir (e olha que o vigor nem é tão grande assim!).

15. Na verdade, se somos motivados pela compaixão, o nosso esforço aqui deveria ser muitas vezes maior.

16. Sei que as dificuldades são muitas; sei que a rejeição ao evangelho que encontramos aqui é desanimadora; mas também penso que ainda nos falta compaixão, apesar de a termos em certo grau. Ainda ME falta compaixão, apesar de a ter em certo grau.

17. Ao nosso redor existe uma grande multidão. Essa grande multidão é um grande desafio. Mas o maior desafio não é a grande multidão, o maior desafio é a ausência de gente o suficiente que se compadeça dessa grande multidão perdida, que caminha em direção ao inferno onde permanecerão em eterno estado de sofrimento. Talvez existam até pessoas de nossas famílias em meio a essa multidão.

18. Temos que orar, amados, para que Deus faça nascer em nosso coração essa tão necessária compaixão. Temos que orar para Deus no dê uma visão celestial, para que Ele nos conceda ver as pessoas com os mesmos olhos com que Ele as vê, para que Ele nos conceda ver a real e terrível situação daqueles que permanecem sem Jesus.

19. Temos que orar, mas temos que agir também. Temos que começar a exercitar a compaixão através de atitudes concretas.

20. Passemos ao segundo ponto no qual devemos pensar: público.

 

II. Público

 

01. Em cada campanha de Missões que realizamos, em termos de pessoas a serem alcançadas, temos um público-alvo diferente.

02. Quando a campanha é de Missões Mundiais, as pessoas a serem alcançadas são as pessoas de todos os outros países, menos o Brasil. É claro que os Batistas Brasileiros não têm trabalho missionário em todos os países, mas este é o público-alvo.

03. Quando a campanha é de Missões Nacionais, o público alvo são as pessoas de nosso País.

04. Em Missões Estaduais, o público-alvo são as pessoas de nosso estado.

05. E em Missões Locais, o público alvo são as pessoas de nossa cidade.

06. E, além disso, existem vários projetos para se alcançar grupos específicos, e nesse caso, esse grupo específico é o público-alvo: ciganos, caminhoneiros, marinheiros, árabes, etc.

07. Isso não é errado. Mas é errado não enxergarmos esses grupos da mesma maneira como Jesus os enxerga, isto é, como pessoas desamparadas, que andam desgarradas e errantes como ovelhas que não têm pastor. Toda pessoa que não tem Jesus, por mais protegida que esteja, por mais bem sucedida, virtuosa, inteligente, bondosa... que seja, é uma pessoa desamparada e desgarrada e que está a vagar errante como ovelha que não tem pastor, e que, caso não seja amparada e trazida ao aprisco do Bom Pastor, será, inevitavelmente, tragada pelo "lobo feroz".

08. Quem é o nosso público-alvo então? São os moradores do nosso bairro? Que seja! Mas não podemos deixar de pensar neles e de vê-los como Jesus pensa e vê. Se assim o fizermos, o ter compaixão será algo difícil mesmo, e a nossa motivação será pequena, bem como a nossa ação evangelizadora.

09. Vejamos agora uma última questão: desafio.

 

III. Desafio

 

01. A grande multidão é um desafio, já dissemos.

02. Maior desafio que a grande multidão é a ausência de pessoas que se compadeçam da mesma, já dissemos também.

03. Mas existem ainda outros desafios, e um deles é a escassez de trabalhadores para a seara e na seara.

04. Sobre a escassez de trabalhadores para a seara, foi o próprio Jesus quem fez essa observação, que é tão atual hoje quanto o era naquela época – Veja os versículos 37 e 38.

05. Mas há também a escassez de trabalhadores na seara.

06. O que eu quero dizer com isso?

07. O que quero dizer é que, dos poucos trabalhadores que existem (em termos específicos – missionários), uma grande parte ainda não pôde ser enviada ao seu campo de trabalho específico.

08. Qual a razão?

09. Falta de recursos financeiros é uma das razões.

10. E há falta de recursos financeiros porque não temos contribuído à altura.

11. A matemática pode provar isso que falamos. Vejamos:

a.    Qual foi o alvo da nossa última campanha de Missões Mundiais? Mais de dez milhões. É muito? Parece, mas o fato é que se cada batista do Brasil separasse em média para essa campanha cinco centavos por dia, atingiríamos uma quantia maior que vinte e três milhões (não estou dando idéia pra ninguém – não vá contribuir com esse valor se você pode contribuir com mais – uns mais e outros menos, em termos apenas quantitativos... e assim há equilíbrio).

b.    O mesmo se dá com Missões Nacionais – a mesma quantia.

c.    Qual foi o alvo da campanha de Missões Estaduais? Quinhentos mil reais. Segundo estatística da CBEES somos mais de 80.000 batistas no estado. Agora faça as contas:

                                  i.    Com 2 centavos de cada um por dia: 80.000 x 0,02 x 365 = 584.000

                                ii.    Com 3 centavos: 80.000 x 0,03 x 365 = 876.000

                               iii.    Mas como quase não dispomos mais de moedas menores que 5 centavos, vamos fazer as contas com essa quantia: 80.000 x 0,05 x 365 = 1.460.000,00

d.    E com mais dez centavos por dia, no fim do anos, nossa igreja poderia levantar uma oferta especial de fim de ano de mais que sete mil reais.

12. Somando tudo, dá vinte e cinco centavos por dia.

13. Eu sei que vinte e cinco centavos por dia, para muita gente é muito, especialmente numa família onde, por exemplo, existam 4 membros da igreja e um só "provedor". Por isso é que no início eu coloquei esse valor exemplo como sendo uma média – uns podem mais, outros podem menos... (e ainda não incluí os que mesmo não sendo membros da igreja dão a sua contribuição)

14. Mas, alguém pode perguntar: Jesus não multiplica os recursos? Sim, ele os multiplica, ou talvez multiplique o seu poder de alcance, mas ele os multiplica quando eles são realmente poucos, e não quando a entrega dos mesmos é omitida pelo seu povo.

 

Conclusão

 

01. Vá pra casa hoje, meu amado, e durante a tarde tire um tempo para pensar e orar.

02. Ore pedindo a Deus que encha o seu coração de compaixão pelas almas perdidas, a começar por aquelas que estão ao seu redor.

03. Ore pedindo a Deus que lhe conceda uma visão real acerca daqueles que vivem sem Jesus.

04. Ore pedindo a Deus que lhe dê condições de participar financeiramente da obra missionária, para que os poucos ceifeiros que existem estejam na seara, onde é o seu lugar.

05. Peça a Deus que coloque em seu coração a preocupação santa no que respeita à evangelização da grande multidão de pessoas que ainda permanecem como ovelhas desgarradas que não têm pastor.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

prwalmir@hotmail.com

quinta-feira, 31 de março de 2016

UM ALERTA DE JESUS

UM ALERTA DE JESUS

Um alerta muito sério, gravíssimo, de Jesus, para o qual faremos bem em atentar com toda a diligência.

 

1.    Abra sua bíblia em Lucas 11 e leia os versos 21-26:

 

21  Quando o valente guarda, armado, a sua casa, em segurança está tudo quanto tem.

22  Mas, sobrevindo outro mais valente do que ele e vencendo-o, tira-lhe toda a armadura em que confiava e reparte os seus despojos.

23  Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.

24  Quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha casa, de onde saí.

25  E, chegando, acha-a varrida e adornada.

26  Então, vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele; e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é pior do que o primeiro (RC)

 

2.    Agora escute essa história interessante que vou ler para você.

 

"Os soldados estavam em batalha. Um deles, cristão, levava no bolso da camisa uma pequenina Bíblia. Em meio ao ruído de gritos e granadas a explodirem, os rapazes seguiam, conduzindo o aviamento do corpo de saúde. De súbito, o cristão caiu ao solo. Um companheiro correu ao seu lado, e admirou-se de encontrá-lo ainda com vida. Pondo a mão no bolso da camisa, o filho de Deus tirou sua pequenina Bíblia. A capa tinha um orifício. A bala atravessara Gênesis, Êxodo, Levítico... "Onde pensais que a bala se deteve?", perguntou mais tarde o jovem, quando escreveu sobre o caso, numa carta para os seus. "Exatamente no meio do Salmo 91, apontando para o verso: 'Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido'." A Palavra de Deus deteve a bala de penetrar no coração daquele jovem, salvando-lhe a vida."

 

3.    História realmente interessante, não? Não sei se ela é verídica. Mas, independentemente de verídica ou não, ela ilustra bem aquilo que a Palavra de Deus é capaz de fazer: proteger, livrar aquele que a carrega junto ao coração. Obviamente não necessariamente assim como na história. Na história poderia ter sido um outro livrinho qualquer, uma caneta, uma calculadora, um broche... Temos ouvido e visto histórias assim... Mas, espiritualmente falando, contra os erros que nos afastam de Deus, só a Palavra de Deus.

4.    E diante de nós temos um trecho precioso dessa Palavra, o que pedi para você ler inicialmente, que serve de alerta e que, se devidamente considerado, pode livrar a muitos de continuarem cativos do inimigo das nossas almas, que é chamado aqui de "valente", apesar de haver um mais valente do que ele.

5.    A princípio, certamente Jesus estava dirigindo essas palavras a Israel, especialmente àqueles que lhe haviam acusado de expulsar demônios por Belzebu, o príncipe dos demônios, uma referência ao próprio satanás.

a.    Eles eram pessoas que tinham uma religião, e por causa dessa religião alguma espécie de "reforma", uma "melhoria" havia acontecido na vida deles,

b.    mas, sem a verdadeira transformação, sem o novo nascimento, eles ainda eram "casa vazia";

                                  i.    adornada, aparentemente ela, mas vazia, sujeita a ser novamente invadida.

6.    Era, então, uma palavra para aqueles indivíduos "lá de trás", "aqueles" israelitas. Entretanto, essa realidade pode ser aplicada a toda e qualquer pessoa, e é, portanto, também, ainda que não só, um aviso sério a todos aqueles que se contentam apenas com alguma mudança, podendo ser essa até a da condição de possesso por um demônio, e não se submetem a Jesus para que haja uma completa transformação.

7.    Será que na igreja de hoje tem gente assim? "Reformado" (não no sentido em que os presbiterianos e alguns outros são), mas não transformado, não nascido de novo.

8.    Essa é uma questão muiiito séria, com a qual não se deve brincar e descuidar.

a.    Irmão Ibraim foi um querido irmão que tive o privilégio de pastorear. Infelizmente, parte desse pastoreio constituiu-se em acompanhamento em uma enfermidade que o levou à morte, um câncer num local que geralmente, quando se descobre tarde, não tem cura. Irmão Ibraim percebeu o primeiro sintoma muito tempo antes de a doença se manifestar de forma violenta, mas ignorou, não tratou com seriedade, descuidou-se, e sofreu bastante. Mas agora, e esse "agora" já tem vários anos, não sofre mais; está com Cristo na glória... porque, apesar de debilitado no corpo, no espírito era "transformado", "nascido de novo", e não "reformado", "acertado" para "caber" na igreja instituição. Para "caber" na igreja instituição, basta uma reforma aqui e outra ali... Mas para caber na igreja corpo vivo de Cristo é preciso morrer e nascer de novo; morrer com Cristo e com Cristo ressuscitar para uma novidade de vida, uma vida totalmente transformada... Irmão Ibraim era nascido de novo e por isso não sofre mais, conquanto tenha sofrido bastante enquanto no corpo, talvez por ter se descuidado um pouco.

b.    Agora, muito mais sério que o descuido que exemplifiquei com o irmão Ibraim, é o descuido quanto à nossa vida com Cristo, porque se não formos transformados, se não nascermos de novo, ao partirmos desta existência entraremos em uma dimensão não de gozo eterno, mas de sofrimento eterno, num lugar onde Jesus diz que haverá choro e ranger de dentes, tamanho o sofrimento. Quarta-feira, dia 19/11/2014, falando no culto de oração disse que tem gente que parece não crer que Deus possa salvar certos indivíduos e talvez até tenha gente que não creia que Deus de fato vai deixar que alguém seja lançado na perdição eterna, mas ele vai deixar. Há muitos alertas sobre essa verdade nas Escrituras, e João, na sua visão apocalíptica, "viu" que aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo. Jesus falou dessa realidade, e, além, de falar, mostrou a João, ainda que em visão. Então não se descuide, não brinque, não trate essa questão sem a seriedade devida.

9.    Feitas essas considerações, passemos a refletir em alguns pontos importantes.

 

I. A Casa e os despojos de Satanás

 

1.    Veja o versículo 22: "Mas, sobrevindo outro mais valente do que ele e vencendo-o, tira-lhe toda a armadura em que confiava e reparte os seus despojos".

2.    Você sabe o que é um despojo?

a.    Despojo é aquilo que se retirou do inimigo após a batalha.

                                  i.    Portanto, é algo que pertencia ao inimigo, seus bens.

                                ii.    E, no texto em questão, trata-se de gente – o "despojo" é gente.

3.    É algo muito sério que Jesus deixa transparecer aqui: Aquele que não foi resgatado pelo "mais valente" ainda está sob o domínio do "valente".

4.    E também é sério o fato de que o Novo testamento, espiritualmente, só dividiu os homens em duas classes: o trigo e o joio; o trigo e a palha, as ovelhas e os bodes sendo uma pertencente a Deus e outra não.

 

24 Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O Reino dos céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo;

25  mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se.

26  E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.

27  E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem, então, joio?

28  E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo?

29  Porém ele lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele.

30  Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: colhei primeiro o joio e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo, ajuntai-o no meu celeiro." (Mateus 13:24-30 RC)

 

10  E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.

11  E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.

12  Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará." (Mateus 3:10-12 RC)

 

31  E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória;

32  e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas.

33  E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.

34  Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo...

[...]

41  Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos...

[...]

46  E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna." (Mateus 25:31-46 RC)

 

5.    E também é interessante e sério o fato de o apóstolo João deixar explícito de que o mundo inteiro jaz no maligno, com exceção daqueles que são de Deus (1 João 5.19)

6.    Aquele que ainda não foi resgatado pelo "mais valente", que é Jesus, ainda está sob o domínio do "valente".

 

II. Um grande conflito está em operação, e não há lugar junto a Jesus para quem quer ficar neutro, e muito menos para quem ao invés de ajudar atrapalha, a exemplo dos fariseus.

 

1.    Veja o que Jesus diz no versículo 23: "Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha"

2.    Analisemos três idéias baseadas nos escritos de Champlin:

a.    Todo aquele que não trabalha positivamente no reino, que nada faz por pura indisposição está trabalhando negativamente, e, ao invés de ajuntar, espalha. Atrapalha a igreja, atrapalha o estabelecimento do Reino de Deus ao invés de ajudar.

b.    Todos que, a exemplo dos fariseus, fazem coisas em detrimento (dano, prejuízo) das ovelhas, se encaixam nesse perfil apresentado por Jesus.

c.    Há uma divisão definida entre dois reinos, o que exclui uma terceira posição. Cada qual deve tomar partido, de um lado ou do outro. Esses dois reinos são incompatíveis.

3.    Quem não é (decididamente) comigo, é contra mim.

4.    Não há meio termo.

5.    São palavras de Jesus.

 

III. Não basta uma pessoa ser livre do poder satânico, é necessário que ela seja repleta do poder divino.

 

1.    Veja os versículos 24-26: "Quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha casa, de onde saí. E, chegando, acha-a varrida e adornada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele; e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é pior do que o primeiro".

2.    A simples "fé religiosa", sem verdadeira conversão, pode provocar alguma "reforma" no indivíduo, e a princípio pode até parecer benéfica, e socialmente talvez até seja, mas pode terminar por ser extremamente prejudicial.

3.    Uma casa vazia pode ser limpa e arrumada, mas continuar vazia; e uma casa vazia, sem ninguém para "guardar" o portão, é um chamariz para os "inimigos".

4.    Em nossas casas temos fechaduras, cadeados, e preocupamo-nos em trancá-los devidamente para evitar que um inimigo possa invadi-la. Mas é interessante que, muitas vezes, ao tratarmos com nossos próprios seres, deixamos as portas escancaradas para as más influências. De fato, às vezes convidamos essas más influências para nos assaltar, pelo que lemos, assistimos ou pela forma como tratamos a nossa condição espiritual.

 

Conclusão

 

1.    Acho que é interessante concluirmos essa reflexão simplesmente observando os dois próximos versículos, 27 e 28, que não lemos inicialmente.

2.    Depois do alerta de Jesus, uma mulher, certamente que tocada pelas suas palavras, o louva e louva àquela que lhe deu a luz e lhe amamentou, chamando-a de bem-aventurada. E o que foi que Jesus disse? Veja lá na Bíblia, é o verso 28. Vamos repetir todos juntos: "Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam".

3.    Você pode dizer amém?

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

prwalmir@hotmail.com