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terça-feira, 19 de maio de 2015

HOMENS EXEMPLARES CITADOS POR DEUS

HOMENS EXEMPLARES CITADOS PELO PRÓPRIO DEUS

 

“ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, livrariam apenas a sua alma, diz o Senhor JEOVÁ.” (Ezequiel 14:14 RC)

 

“ainda que Noé, Daniel e Jó estivessem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, que nem filho nem filha eles livrariam, mas só livrariam a sua própria alma pela sua justiça.” (Ezequiel 14:20 RC)

 

01. CONTEXTO

a.    O contexto é o de uma revelação profética nada boa para a "casa de Israel": uma mensagem de juízo por causa dos pecados nacionais do povo. O contexto imediato revela Ezequiel profetizando:

                                  i.    a condenação dos profetas mentirosos – Havia profetas mentirosos, falsos, que estavam sempre a "profetizar" aquilo que satisfazia o coração do povo; não havia mensagem de juízo, mesmo o povo vivendo na podridão do pecado – parece-se muito com o que acontece hoje, especialmente com muitos "profetas das redes sociais"; é só "bênção"! – Meu irmão, se você "der a entender" (não precisa nem dizer claramente) a uma pessoa que ela não precisa arrepender-se, que ela pode acumular pecado sobre pecado, e que Deus não se importa com isso e vai "enchê-la" de bênçãos, você não se difere em nada desses profetas condenados por Deus através de Ezequiel.

                                ii.    a condenação dos anciãos idólatras de Israel – veja o capítulo 14. Os ídolos estavam no coração daqueles anciãos.

                               iii.    e a condenação de Jerusalém – Jerusalém tornara-se rebelde contra Deus e será julgada e condenada. É nesse ponto que Deus cita Noé, Daniel e Jó – Ainda que esses três homens justos estivessem em Jerusalém e intercedessem por ela, ela não seria poupada.

b.    Bem, esse é o contexto em que esses homens exemplares são citados por Deus. Vejamos agora alguns fatos sobre cada um deles e algumas lições que podemos tirar para nós.

 

02. NOÉ

a.    Fatos sobre Noé:

                                  i.    Um homem que, num tempo em que a maldade humana multiplicara-se sobre a face da terra ao ponto de Deus resolver destruir tudo com um dilúvio, achou graça diante dos olhos do Senhor por ser varão justo e reto e andar com Deus – Gênesis 6.8-9

                                ii.    Alguém que obedeceu a Deus, mesmo sendo o que Deus o mandara fazer uma loucura aos olhos humanos, uma insensatez

                               iii.    Mas o fato principal talvez seja sua perseverança na pregação – Em 2 Pedro 2.5 lemos que Noé tornou-se pregoeiro da justiça. Quanto tempo ele foi esse pregoeiro? R: 120. E quantos se "converteram"? R: ninguém. Isso demonstrava sua fé e com quem era o seu compromisso.

b.    Lições de Noé para nós:

                                  i.    Não importa o quanto estejamos rodeados de pessoas que só fazem pecar e pecar e pecar, pessoas que vivem em iniquidade, nós podemos e devemos ser fiéis, andar com Deus.

                                ii.    Não importa o quão impopulares e "estranhas" aos costumes da sociedade sejam as orientações de Deus para nós em Sua Palavra, cumpre-nos obedecer.

                               iii.    Importa pregarmos; importa agirmos como Arautos, aqueles que levam uma mensagem oficial do Rei. Devemos esperar que muitos se convertam, mas se porventura isso não acontecer, devemos continuar a pregar, pois nosso grande compromisso não é conosco mesmo, não é simplesmente com a igreja pela igreja em si e nem é com as pessoas para quem pregamos, ainda que haja algum; nosso grande Compromisso é com o Deus que nos mandou pregar. Então, importa-nos pregar, e pregar aquilo que Ele mandou pregar – nada de invenções.

 

03. DANIEL

a.    Fatos sobre Daniel

                                  i.    Ainda jovem foi levado cativo para a Babilônia, e matriculado, juntamente com outros 3 jovens nobres de Judá, numa escola criada por Nabucodonozor para a formação de administradores para servirem ao império Babilônico – Daniel 1.1-7

                                ii.    Após tomar conhecimento da "porção diária" de alimentos, determinada pelo Rei, propôs em seu coração não se contaminar – não comeria senão legumes e beberia água – As carnes poderiam ser de animais considerados imundos e até mesmo sacrificadas a ídolos.

                               iii.    Recebeu de Deus grandes revelações proféticas acerca do desenrolar da história, sendo uma delas, uma fascinante, a em que ele interpreta o sonho de Nabucodonozor acerca de uma grande estátua cuja cabeça era de ouro puro, o peito e os braços de prata, o ventre e as coxas de cobre, as pernas de ferro e os pés em parte de ferro e em parte de barro; e a essa estátua, uma pedra cortada sem o auxílio de mãos, fere os pés de ferro e barro e os esmiúça, fazendo ruir e esmiuçar-se também, o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro – Tudo isso está no capítulo 2; vejamos lá a interpretação dada por Deus a Daniel – vs. 36 a 45 – é o desenrolar da história desde a Babilônia sob Nabucodonozor até o estabelecimento de um reinado que não será destruído e que não passará a outro povo. Ora, este reinado só pode ser o reinado de Cristo, no tempo chamado milênio, ou reinado milenial de Cristo sobre a terra.

                               iv.    No tempo de Belsazar, ele interpreta a escritura na parede, acerca de Belsazar – Veja Daniel 5

                                 v.    No tempo de Dario, recusou-se a cumprir o decreto real de não orar a ninguém mais senão ao Rei, decreto esse que Dario assinou por artimanha de invejosos, e foi lançado em uma cova de leões, mas foi protegido por Deus através de um anjo que fechou a boca dos leões – veja Daniel 6.

                               vi.    E há outros fatos, mas talvez o principal, ou mais lembrado, até mesmo porque foi isso quem o levou à cova dos leões, outro fato bem lembrado, seja sua perseverança na oração a Deus – isso demonstrava em quem ele cria, sua firme fé em Deus.

b.    Lições de Daniel para nós:

                                  i.    O fato de sermos bons servos de Deus não nos livra necessariamente de tudo o que pode ser considerado ruim – Daniel foi honrado por Deus e protegido por Deus lá na Babilônia, mas ele foi levado para lá cativo. Ele foi protegido NA cova dos leões, mas não DA cova – Deus tem os Seus propósitos.

                                ii.    Vivendo num mundo cheio de impurezas, nós que servimos a Deus, devemos propor, assentar, resolver firmemente em nosso coração não nos contaminarmos. Devemos levar a sério Romanos 12.1-2. Devemos levar a sério Judas 1.23 e detestar até a roupa contaminada pela carnalidade.

                               iii.    Naquilo em que para obedecermos à lei dos homens temos que abrir mão de nossa fidelidade a Deus, fiquemos com Deus, mesmo que sejamos lançados em uma cova de leões famintos.

                               iv.    Nós também, de certa forma, estamos em uma cova de leões famintos; esse mundo é uma cova de leões loucos para nos devorar; satanás é um leão faminto que anda em derredor buscando a quem possa tragar; devemos observar Efésios 6.10ss. nos armar da armadura que Deus nos disponibilizou para podermos permanecer firmes.

                                 v.    Deus nem sempre nos livra da cova, mas quer que, estando lá, confiemos Nele.

                               vi.    Deus é o Senhor da história e a está conduzindo ao seu propósito final; ao lado de quem você quer ficar... das mãos de quem você quer "comer" e "beber": dos reis desta terra, dos impérios que se levantam e caem sucessivamente, dos modismos... costumes... deste mundo, ou de Deus que está de pé, dirigindo tudo ao grande final por Ele já preparado antes da fundação dos tempos?

 

04.

a.    Fatos sobre Jó

                                  i.    Um homem íntegro, reto, temente a Deus e que procurava desviar-se do mal – Jó 1.1 e 8

                                ii.    Um homem a quem Deus deixou Satanás provar – Jó 1.6-12

                               iii.    Mas talvez o fato principal, ou mais conhecido, seja sua fé perseverante em Deus mesmo na provação – isso demonstrava sua firme confiança na sabedoria e na soberania de Deus, e lhe fez vitorioso ao final – Veja algumas importantes declarações de Jó: 1.21; 19.25; 42.1-6

b.    Lições de Jó:

                                  i.    Jó era integro, reto, temente a Deus e procurava desviar-se do mal, e continuou assim mesmo sob provação, mesmo sem saber o porque daqueles acontecimentos – A verdadeira fidelidade e fé é aquela que vence a provação mesmo sem "saber", sem ter conhecimento das razões - Is 50:10: "Quem há entre vós que tema ao SENHOR e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas e não tiver luz nenhuma, confie no nome do SENHOR e firme-se sobre o seu Deus".

                                ii.    Às vezes Deus prova os seus servos. Veja 1 Pedro 1.1-7. Em fevereiro de 1999 anotei uma frase dita em uma pregação pelo Pr. Wilson Noro: Viver é uma autêntica aventura de fé. Viver é correr riscos. Deus deseja fazer-nos verdadeiras peças de aço. Deus quer que sejamos carvalhos, rochas de granito, e, para tornar-nos assim Ele precisa às vezes levar-nos até à sala do sofrimento. Deus às vezes afasta de nós os resultados positivos, para que aprendamos a confiar nele sem tais resultados.”

                               iii.    Repare na declaração de Jó em 1.21: "Nu saí do ventre de minha mãe e nu para lá voltarei; o Senhor o deu, o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor". Comparando com algumas declarações que vemos hoje: "eu declaro/determino a bênção tal sobre minha/sua vida", "eu declaro/determino a vitória", "eu declaro/determino que vou/você vai sair desta situação", qual tipo demonstra mais fé em Deus? Bem, isso depende do conceito de fé. Qual é o seu conceito de fé? Se o seu conceito de fé é do tipo que crê na soberania de Deus, na Sua Onipotência, na Sua Onipresença, na Sua Onisciência, no Seu amor, na Sua Sabedoria e outros atributos mais, e, portanto, crê que Aquilo que Ele faz, mesmo que não seja o que você queira, é melhor, então a declaração de Jó pra você é a que demonstra mais fé. Porém, se o seu conceito de fé é do tipo que pensa que por causa de alguma virtude pessoal, algum mérito, ou mesmo alguma "força interior diferenciada", uma pessoa pode determinar a Deus o que Ele deve fazer, não tendo Ele outra saída senão obedecer (como o gênio da lâmpada de Aladin), então pra você as outras declarações e não a de Jó demonstram mais fé. Aliás, seguindo esse conceito, declarações não só como as de Jó, mas até mesmo como a de Jesus quando orou ao Pai dizendo para que não fizesse conforme ele (Jesus) queria, e, sim, conforme Ele (o Pai queria), são declarações que demonstram falta de fé. Jó nos ensina o tipo de fé que devemos ter em Deus, do tipo que se entrega à sua Soberania e confia em Seu amor.

 

05. CONCLUSÃO

a.    Num tempo em que o povo estava corrompido pelo pecado, Noé, Daniel e Jó são lembrados por Deus como homens justos.

b.    Quando Deus se lembra de você, que tipo de pensamento você acha que Ele tem a seu respeito? Você é como Noé, Daniel e Jó ou é como os profetas mentirosos, os anciãos idólatra e os moradores de Jerusalém corrompidos pela podridão do pecado? (Obviamente que dizer que Deus "se lembra" e que "lhe vem à mente algum pensamento" é só uma forma humana de fala, um "antropomorfismo", pois Deus não "se lembra" e nem "se esquece" e nem "algum pensamento lhe sobre à mente", não! Todas as coisas estão nuas e patentes diante de Seus olhos, sem Ele precisar de nenhum esforço mental, mas precisamos falar assim por causa da NOSSA limitação)

c.    É urgente! O mundo precisa que nós sejamos crentes exemplares; o mundo precisa que nós sejamos luz sobre o veladouro; o mundo precisa ver em nós um não conformismo com ele; o mundo precisa ver em nós pessoas que verdadeiramente honram a Deus; o mundo precisa de Noés, Daniéis e Jós, e poderíamos acrescentar outros nomes além destes cuja fidelidade a Deus precisamos imitar.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

prwalmir@hotmail.com

www.prwalmir.blogspot.com.br

 

Muqui – Maio de 2015

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